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Arquipelago de Origem:
Machico
Data da Peça:
2020-10-09
Data de Publicação:
27/02/2025
Autor:
Vários
Chegada ao Arquipélago:
2025-02-27
Proprietário da Peça:
Zita Cardoso
Proprietário da Imagem:
Zita Cardoso
Autor da Imagem:
Não identificado
Zita Cardoso com o Senhor dos Milagres, 9 de outubro de 2020, matriz da Conceição de Machico, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Zita Cardoso com o Senhor dos Milagres
    (1955-2025).
    Madeira entalhada de oficina portuguesa, que teve, pelo menos, 5 para 6 repinturas, 1550 (c.)
    Fotografia do Faceboock, 9 de outubro de 2020.
    Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Machico, ilha da Madeira

    Maria Zita Cardoso (Machico, 13 maio 1955; idem, 2 jan. 2025), licenciada em História pela Universidade Clássica de Lisboa e Mestre em Gestão de Turismo pela Universidade de Bournmouth, como bolseira do Centro de Ciência e Tecnologia da Madeira (CITMA), tinha começado logo a sua carreira como professora do Ensino Básico, aos 18 anos. Paralelamente, ao longo dos anos, foi fundadora e presidiu a várias associações, organismos culturais, empresariais, públicos e até desportivos. Entre outros cargos, foi presidente da Associação de Escritores da Madeira, vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Machico, presidente da Associação Comercial e Industrial de Machico e do Conselho Administrativo da Associação Desportiva de Machico. Em 1983, foi louvada pela Secretaria Regional da Educação pelo seu livro pedagógico ‘Madeira, a nossa terra’, escrito em co-autoria com o professor Luís Paixão e, cinco anos mais tarde, foi agraciada com uma Medalha de Mérito Cultural pelo Governo Regional da Madeira, tal como em 2023, foi homenageada pela Associação das Indústrias Criativas, na Cimeira Atlântica das Indústrias Criativas, realizada em Machico. O sentido pesar pelo seu falecimento foi manifestado pela Câmara Municipal de Machico nas redes sociais, destacando a "personalidade ímpar e altruísta, cujo contributo para a Madeira e, em especial, para o nosso concelho será sempre lembrada", pela Assembleia Legislativa Regional, pelo PSD, JPP e, inclusivamente, pelo ministro cabo-verdiano da Cultura, Abraão Vicente, como "uma madeirense cabo-verdiana de coração", um "grande ser humano" e que Cabo Verde havia perdido "uma amiga de todas as horas".
    O Senhor dos Milagres passou assim a ser evocado como padroeiro de Machico depois da aluvião de 1803 e de ser recuperado ao largo das Desertas, tal como do especial culto dos homens do mar, que lhe fazem anualmente uma concorrida procissão nos dias e 8 e 9 de outubro. A imagem do Senhor sai à noite de 8 de outubro para a matriz da Conceição, numa caixa de acrílico montada sobre uma barca e acompanhada por marítimos com archotes e trajando camisa branca, numa das mais espetaculares procissões da Madeira. Regressa na tarde do dia seguinte à sua capela, após missa solene rezada na matriz, com idêntico acompanhamento.