Zé Povinho, figura de movimento de Rafael Bordallo Pinheiro, edição das Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, Caldas da Rainha, 1950 (c.), Portugal.
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Descrição
Zé Povinho.
Figura de movimento, faiança policromada e vidrada, 25 cm.
Figura criada por Bordallo Pinheiro (1864-1905) em 12 jun. 1875 para o periódico Lanterna Mágica, passou a definir o povo português com todos os seus defeitos, as suas virtudes e contradições, só bem para os finais do séc. XIX passa à cerâmica, talvez por 1895 a 1898, como tampa de tinteiro, ainda hoje sendo reproduzido.
Fábrica de Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, 1950 (c.).
Palácio do Correio Velho, Leilão Online 1582, Lisboa, 24 de abril de 2023, Antiguidades e Colecionismo, lote 151, avaliado entre 30 e 60 euros, vendido por 60 euros
Caldas da Rainha, Portugal.
Rafael Bordallo Pinheiro (Lisboa, 21 mar. 1846; idem, 23 jan. 1905). Filho do pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880), secretário da Câmara dos Pares, não tardou a patentear a sua predileção pela caricatura, essencialmente, política, de que nos legou talvez o que de melhor que se fez no seu tempo, e mesmo na Europa, deixando quase uma dezena de periódicos por ele fundados e dirigidos. Nos últimos anos dedicou-se igualmente à cerâmica. Era irmão do pintor Columbano Bordalo Pinheiro (1827-1929) e pai de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920). As figuras de movimento foram das suas melhores criações e têm-se produzido até aos dias de hoje. Especialmente decorativas são constituídas por três partes (pernas, tronco e cabeça) articuladas entre si, por meio de um engonço, e que à mais pequena vibração reproduzem o movimento da figura humana, acrescentando-lhe o humor que celebrizou Bordallo. Comemorando-se no passado ano de 2005 o centenário do seu falecimento, foi inúmera a bibliografia editada, entre a qual, e pela qualidade de imagem, referimos João Paulo Cotrim, Rafael Bordalo Pinheiro. Fotobiografia, parceria Assírio & Alvim, El Corte Inglês e Museu Rafael Bordalo Pinheiro, Câmara Municipal de Lisboa, 2005.