Image
Arquipelago de Origem:
Freguesia da Sé (Funchal)
Data da Peça:
1849-00-00
Data de Publicação:
30/10/2025
Autor:
Lady Susan Vernon Harcourt
Chegada ao Arquipélago:
2025-10-30
Proprietário da Peça:
Roberto Machado
Proprietário da Imagem:
Roberto Machado
Autor da Imagem:
Roberto Machado
Vista do centro do Funchal, desenho aguarelado de Lady Susan Vernon Harcourt, 1849. col. particular, Funchal, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Vista do centro do Funchal.
    Desenho aguarelado, 20 x 34,5 cm.
    Lady Susan Vernon Harcourt (1824-1894), 1849.
    Aguarela que deu origem à litografia quadrupla, 34,5 x 92,8 cm., pub. in A Sketch of Madeira, Ed. Thomas McLean, Londres, 1850.
    Coleção privada, Funchal, ilha da Madeira.

    Lady Susan Harriet Vernon Harcourt (Londres, 1824; 1894) era filha do conde de Sheffield, tendo como nome de solteira Susan Harriet Holroyd, tendo casado com Edward William Vernon Harcourt (1825; 1891) em agosto de 1849. No ano anterior teria já acompanhado o noivo à Madeira, com a mãe, a condessa de Sherffield, Lady Harriet Lascelles (1802-1889), a quem depois dedica o seu álbum de litografias. Edward já havia estado na Madeira de out. 1847 a abr. 1848; de nov. 1848 a maio 1849; de nov. 1849 a maio 1850; e de nov. 1850 a abr. 1851. Na família Harcourt parece ter sido tradição, entre os que apresentavam debilidades físicas, a passagem do Inverno na Madeira, aqui tendo estado o pai, o reverendo William Vernom Harcourt e no Inverno de 1847 para 1848, viera o irmão William George Granville Venables Vernon Harcourt (1827; 1904), depois ministro da rainha Vitória e das figuras políticas determinantes do seu tempo, tal como depois o filho deste.
    Edward Harcourt tece depois algumas considerações sobre os desenhos da sua então ainda noiva lady Susan, onde descreve a dificuldade em captar o cenário grandioso da paisagem madeirense, face à contínua mudança de luminosidade. Ao contrário da permanente neblina dos ambientes nórdicos, na Madeira a constância dos brilhos alterava-se constantemente pela simples passagem de uma nuvem. O autor conta ainda as dificuldades em que se via a pintora ao iniciar o seu trabalho, por ser de imediato rodeada de inúmeros observadores que, parecendo não ter mais nada para fazer, ali se mantinham inabaláveis durante horas a fio. Informa e alerta também os futuros leitores sobre a taxa imposta pela Alfândega do Funchal aos desenhos levados da Ilha, 6 xelins e 8 pences por libra de peso, o que considerava um verdadeiro exagero, mas que configura a consciência do interesse económico dos mesmos por parte das autoridades aduaneiras insulares.