Visita do general Craveiro Lopes à Central Hidroelétrica de Salazar, na Serra d’Água, 1 de junho de 1955, Ribeira Brava, ilha da Madeira
Categorias
Descrição
Visita do general Craveiro Lopes à Central Hidroelétrica de Oliveira Salazar, na Serra d’Água.
(1894-1964)
Ribeira Brava, Foto Perestrellos, 1 de junho de 1955.
Álbum da área Museológica do Gabinete do Representante da República para a Região Autónoma da Madeira.
Levantamento de Hugo Filipe Oliveira Gomes para a tese de mestrado de Estudos Regionais e Locais, Os álbuns de fotografias institucionais do Palácio de São Lourenço (1953-1973): a imagem de um regime, 2022, p. 78 (previsão).
Francisco Higino Craveiro Lopes (Lisboa, 12 abr. 1894; idem, 2 set. 1964). Filho do general João Carlos Craveiro Lopes (1871-1945) e de Júlia Clotilde Cristiano Craveiro Lopes (1875-1955), numa família de tradição militar, onde o pai fora combatente na Flandres e prisioneiro em La Lys, durante a I Grande Guerra, militar do regime do Estado Novo, exerceu funções de governador-geral da Índia e de comandante da l.ª Região Militar, Francisco casou com Berta da Costa Ribeiro Artur (1899-1958), neta do também general Sezinando Ribeiro Artur (1851-1910), dos mais interessantes aguarelistas do seu tempo, em casa de quem foi criada, casamento que originou quatro filhos. Após frequentar o Colégio Militar e a Escola do Exército começou por cumprir serviço no Norte de Moçambique, durante a Primeira Grande Guerra, 1917 e 1918, entrando em confronto com forças alemães, pelo que veio a ser condecorado com a Torre-e-Espada. Regressado a Portugal tirou o brevet de pilotagem em França, prestando depois serviço, de novo, em Moçambique e na Índia, onde serviu sob as ordens do pai, então governador-geral. Como tenente-coronel, em 1938, comandou a Base Aérea de Tancos e, em 1941, dirige as negociações com os norte-americanos para a cedência das instalações das Lajes, nos Açores, passando a comandante daquela base aérea. Entre 1944 e 1950 seria comandante-geral da Mocidade Portuguesa, sendo indicado pela União Nacional para suceder ao marechal Carmona (1869-1951), falecido a 18 abr. 1951. Concorrendo às eleições presidenciais de 1951, onde a oposição democrática e republicana apresentou o almirante Quintão Meireles (1880-1962), que desistiu nas vésperas, foi eleito a 21 jul. 1951 com 80 % dos votos, tornando-se o décimo segundo presidente da República Portuguesa, cargo que assumiu durante sete anos, entre 9 ago. 1951 e 9 ago. 1958. Mantendo, entretanto, contactos internacionais e ultramarinos, assim como com a oposição ao Regime, não seria reconduzido no mandato seguinte.