Virgem Abridera, Nossa Senhora de Quelven, oficina de Colónia, Alemanha (atr.), 1500 (c.), Capela de Nossa Senhora de Quelven, Bretanha, França.
Categorias
- Arquitectura religiosa
- Arte Sacra
- Imaginária
- Retábulos, predelas e oratórios
- Escultura
- Fotografia / imagem
- Personalidades
- Escultores e entalhadores
- Pintores, gravadores e douradores
- Santos e mártires
- Pintura
Descrição
Virgem Abridera, Nossa Senhora de Quelven.
Virgem Relicário, imagem Abrideira ou Virgem Abrideira, Vierge Ouvrant.
Madeira esculpida, estofada, dourada e policromada, 120 cm.
Oficina de Colónia, Alemanha (atr.), 1500 (c.) e seguintes.
Chapelle Notre-Dame-de-Quelven, Guern, Morbihan, Bretanha, França.
A difusão deste tipo de peças parece aparecer na Europa com os cavaleiros Teutónicos e, na península ibérica, parece ter estado claramente associada a rotas da peregrinação a Santiago de Compostela, como mostram os outros exemplares conhecidos. A expansão deste tipo de imagens, em que uma figura da Virgem com o Menino que se abre a partir do colo para deixar ver um retábulo historiado em várias cenas do Nascimento e da Paixão, deu-se essencialmente nos séculos XIII e XIV, associando uma imagem devocional, na maioria das vezes de materiais preciosos, a uma sequência narrativa, que centrava no culto mariano os passos essenciais da história sagrada. Foram, no entanto, imagens sempre contestadas, exatamente pela duplicidade das leituras que criavam. Cerca de 1400 o chanceler da Universidade de Paris, Jean Gerson, criticava diretamente estas imagens porque "não há beleza nem devoção em tal abertura e pode ser causa de erro e de indevoção". Apesar das críticas o seu culto manteve-se e, embora raros, existem mesmo exemplares posteriores ao Concílio de Trento e, inclusivamente, uma escultura da rainha Catarina de Médicis (1519-1589), mandada executar por altura do seu casamento, por 1533.