Vilão da Madeira, aguarela de Alberto Sousa, 1937, Portugal.
Categorias
Descrição
Madeira. Vilão
Aguarela de Alberto Sousa (1880-1961), 1937.
Bilhete postal da série Costumes Portugueses, n.º 37, ed. Bertrand (Irmãos) Lda. Lisboa.
Enviado a 11 de Junho de 1941.
Antiga colecção Joan Cunha, Rua João de Deus, n.º 14.
Coleção dos herdeiros, Funchal, ilha da Madeira.
Alberto Augusto de Souza (Lisboa, 6 dez.1880-ibidem, 1961). Aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa e das escolas industriais do Príncipe Real, Rodrigues Sampaio e Machado de Castro, estudou ainda modelo vivo no Grémio Artístico e na Sociedade Nacional de Belas Artes. Em 1897 foi admitido no atelier de desenho industrial que Roque Gameiro (1864-1935) que dirigia a Companhia Nacional Editora. Deixou o atelier em 1903 e entrou para a Ilustração Portuguesa, a revista semanal do jornal diário de Lisboa O Século, a convite do seu diretor, Silva Graça. Pouco tempo ficou na revista, passando a ilustrar para publicações como os jornais Mundo, Novidades, A Capital, República, entre outras. Colaborou também para publicações estrangeiras como o L'Illustration e o Illustrated London News. Em 1916 fundou a revista Terra Portuguesa com D. Sebastião Pessanha e Dr. Virgílio Ferreira, revista que abordava os temas da etnografia e arqueologia artística, vindo depois a colaborar com os Correios de Portugal, em 1937, na edição de selos com trajes populares. Como aguarelista expôs pela primeira vez em 1901, no Grémio Artístico. Em 1911 concorreu a uma exposição realizada em Madrid e em 1913 teve a sua primeira exposição individual, na redação de A Capital, passando no começo dos anos 20 a expor regularmente. Trabalhando para o Exército Português, deslocou-se, inclusivamente a França no final da 1.ª Grande Guerra onde executou uma série de aguarelas dos soldados portugueses na frente de combate. Em 1934 esteve na Madeira, pintando várias aguarelas, algumas nas coleções do Museu Quinta das Cruzes e Dr. Frederico de Freitas, tal como executou dois retratos dos bispos do Funchal, hoje no cabido da sé. Em 1914 fora nomeado conservador artístico na Inspeção das Bibliotecas e Arquivos Nacionais e, em 1931, participou na Exposição Colonial de Paris com um conjunto de aguarelas dos monumentos portugueses em Marrocos, de 1923 e 1925, onde ganhou o Grand Prix, coleção, hoje, no Museu Militar de Lisboa, com outras que depois executou em 1947. Dedicou-se também à ilustração de livros, tendo organizado muita da iconografia da Enciclopédia pela Imagem.
A organização deste álbum deve datar da década de 30, embora incluindo postais anteriores e posteriores, recuperados na família. Existem inúmeros exemplares enviados para e de Inglaterra, mas também, pontualmente, de Portugal, com especial referência à Exposição do Mundo Português, das Canárias, dos Açores e da América Latina.