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Arquipelago de Origem:
Suiça
Data da Peça:
1880-00-00
Data de Publicação:
10/09/2024
Autor:
Claude Monet e outros
Chegada ao Arquipélago:
2024-09-10
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Galeria Korneld
Autor da Imagem:
Galeria Kornefeld
Verso da Armação da tela do Mar encapelado, óleo de Claude Monet, 1880, França.

Categorias
    Descrição
    Verso da armação da tela do Mar encapelado.
    Pleine mer, gros temps
    Óleo sobre tela, 55,5 x 74 cm.
    Claude Monet (1840-1926), 1880.
    Antiga coleção do atelier do Autor em 1880, em Geneve, de onde passou a uma galeria de Munique e assim sucessivamente.
    Leilão da Galeria Kornfeld
    , Berna, Suíça, 12 e 13 de setembro de 2024, Modern Art, Post War & Old Masters, lote 197, avaliado acima de 3 202 020 Euros.

    Claude Monet (Paris, 14 nov. 1840-Geneve, 5 dez. 1926) foi um dos pintores franceses dado como o criador da chamada Escola Impressionista, cujo termo surgiu do título do seu quadro Impressão, Nascer do Sol, apresentado numa exposição realizada em 1874, tendo Monet sido foi criticado por retratar a “impressão” de uma cena e não a realidade. Saliente-se, no entanto, que foi obra de toda uma escola e sempre longe, e ainda bem, de encontrar um consenso, mas acabando por ser este Autor e o seu quadro de 1874 a corporizarem a Escola Impressionista, uma das mais importantes da história da pintura.
    Oscar-Claude Monet nasceu em Paris, filho de um modesto comerciante e, quando tinha cinco anos, mudou-se com a família para Saint-Adresse, próximo ao porto de Le Havre, na Normandia, onde com menos de 15 anos, Monet já era conhecido por retratar personalidades de certa importância. Ao descobrir as gravuras do japonês Katsushika Hokusai (1760-1849), criador da célebre Grande Onde de Kanagava, da década de 1820 e a pintura de Eugènne Boudin (1824-1898), nasceu-lhe um muito especial interesse pela luz e pela cor, passando a realizar estudos da natureza ao ar livre e a tornar-se num pintor paisagista, fato pouco comum na época. Entre 1859 e 1860, Monet esteve em Paris, onde se entusiasmou com as pinturas da Escola de Barbizon, essencialmente produzidas ao ar livre. Apesar da insistência da família, recusou-se a ingressar na Escola de Belas Artes e preferiu visitar os locais frequentados pelos inovadores da época, chegando a trabalhar na Academia Suíça, onde se tornou amigo de Camille Pissarro (1830-1903). Regressando da Argélia, onde cumpriu o serviço militar, em 1862 voltava a Paris e relacionava-se, especialmente, com Auguste Renoir (1841-1919) e Alfred Sisley (1839-1899). No verão de 1869, Claude Monet e Auguste Renoir instalaram-se no balneário de Bougival, uma pequena comunidade localizada na margem esquerda do rio Sena, onde produziram uma série de telas consideradas como os primeiros exemplos do estilo que posteriormente seria denominado de Impressionista.
    Os quadros produzidos por estes pintores, essencialmente, ao ar livre, retratavam a natureza, a luz do Sol, o seu reflexo na água e as mudanças de luz, com pinceladas largas que se opunham à tradição académica da época. Nessa sequência, mesmo depois os interiores e a enorme produção de retratos dos chamados Impressionistas vieram a incorporar todo esse espírito.