Vasco da Gama, vice-rei da Índia, Livro de Lisuarte de Abreu, 1558 (c.), Índia
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Descrição
DO(m) VASÇO DA GAMA VISO REI E COM(an)D(ant)E.
Aguarela do Livro de Lisuarte de Abreu, c. 1558-1564.
Pierpoint Morgan Library, Nova Yorque / CNCDP
Vasco da Gama (Sines, 1460 a 1469; Cochim, 24 Dez. 1524). D. Manuel I confiou-lhe o comando da frota que, em 8 Jul. 1497, largou do Tejo em demanda da Índia, e que se compunha de quatro pequenos navios: São Gabriel, São Rafael, a Bérrio e São Miguel, não passando, este último, da baía de S. Brás, onde foi queimado. A 2 Mar. 1498, aportou a armada à ilha de Moçambique, depois de haver sofrido temporais e de ter Vasco da Gama sufocado com mão-de-ferro uma revolta da marinhagem. O piloto que o sultão de Moçambique lhe deu para o conduzir à Índia, teria sido, secretamente, incumbido de entregar os navios portugueses aos Mouros em Mombaça. Um acaso, entretanto, gorou a cilada e Vasco da Gama conseguiu um outro piloto em Melinde, avistando Calecut a 17 Abr. 1498. Estava descoberto o caminho marítimo para a Índia e aberta uma nova página da História do Mundo. D. Manuel recompensou este glorioso feito, nomeando Vasco da Gama almirante-mor das Índias e fazendo-lhe doação de trezentos mil réis de renda. voltou mais duas vezes à Índia, a última já como conde da Vidigueira, de que foi governador e quarto vice-rei, embora por pouco tempo, falecendo de malária em Cochim.