Túmulo do alcaide D. João de Noronha e de sua mulher D. Isabel de Sousa, escultura de Nicolau Chanterene, 1526-1528, igreja de Santa Maria de Óbidos, Portugal.
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Descrição
Túmulo do alcaide D. João de Noronha e de sua mulher D. Isabel de Sousa
(1440-1525)
Nicolau Chanterene (1470-1551), 1526-1528.
Armas dos Sousa, de D. Isabel de Sousa.
Azulejos de oficina de Lisboa, 1676
Fotografia do Turismo de Óbidos de 2020
Igreja de Santa Maria de Óbidos, Portugal.
Igreja que teria sido mesquita no período muçulmano e foi sagrada por D. Afonso Henriques (1109-1185) logo após a conquista da Vila, em 1148 e depois entregue a S. Teotónio (1082-1162), companheiro de D. Afonso Henriques e prior do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, mosteiro que teve depois o padroado até D. João III (1502-1557) o ter doado a sua mulher, a rainha D. Catarina de Áustria (1507-1578). O templo medieval fora profundamente reformado pela rainha D. Leonor (1458-1525) em finais do século XV, quando ali residiu com certa permanência, mas arrastando-se as obras pelo primeiro quartel do século XVI, tendo ficado dessa campanha a torre sineira, embora depois desmontada e de novo erguida e, de 1526-1528, já depois do falecimento de D. Leonor, o conjunto tumular de Nicolau Chanterene (1470-1551), que acolhe os restos do alcaide D. João de Noronha (1440-1525) e de sua mulher D. Isabel de Sousa. Com a doação a D. Catarina efetua-se a campanha de obras que constitui a configuração atual, com provável risco do arquiteto régio António Rodrigues (ca 1525-1590) (Pedro Flor, 2002). As novas obras iniciaram-se no dia 15 de agosto de 1571, dia da Assunção de Nossa Senhora, em que foi lançada a primeira pedra da nova igreja, com procissão e grande aparato religioso, prosseguindo as obras sob a proteção da Rainha. Subsistem nos topos das naves laterais belissimas telas de André Reinoso, o Baptismo no Rio Jordão e a Transfiguração, enquanto que, a estrutura retabular central da capela-mor, atribuída ao pintor João da Costa, com um ciclo de oito pinturas dedicadas a Virgem Maria, deve datar de 1622.