Tractado de las drogas y medicinas de las Índias Orientales, Cristóvão da Costa, Burgos, 1578, Espanha
Categorias
Descrição
Cristóvão da Costa, Tractado de las drogas y medicinas de las Índias Orientales
Con sus plantas debuxadas al biuo : en el qual se verifica mucho de lo que escriuio el Doctor Garcia de Orta...
Por Christoual Acosta medico y cirujano que las vio ocularmente.
(1515-1594)
En Burgos : por Martin de Victoria, impressor de su Magestad, 1578.
Biblioteca Nacional de Portugal (Res-4055-p), Lisboa, Portugal.
Cristóvão da Costa, Cristóbal Acosta ou Christoval Acosta (1515-1594), médico cristão-novo e investigador, teria nascido em Tânger, tendo seguido para a Índia, como soldado, em 1550, ali participando em operações e chegando a ser preso em Bengala, após o que regressou a Portugal. Voltou a Goa em 1568, então com D. Luís de Ataíde (1516-1581), então nomeado vice-rei e aí se conservou exercendo a sua profissão, ora em terra, nos hospitais, ora nas naus, tendo em 1569 sido nomeado médico do Hospital Real de Cochim, regressando a Lisboa em 1572 e trazendo escrito o Tratado das Drogas e Medicinas das Índias Orientais, editada depois em Burgos, em 1578. Ficaram célebres vários boticários portugueses que trabalharam na Índia, como Tomé Pires (1465-1540), autor da Suma Orientalis (1515), tal como médicos, como Garcia da Horta (1501-1568), autor dos Colóquio dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia, editado em Goa, em 1563 e tendo todas estas obras conhecido larga divulgação internacional.
O rosto da obra de Cristóvão da Costa, inclusivamente, faz referência a Garcia da Horta, mencionando: "En el qual se verifica mucho de lo que escrivio el Doctor Garcia de Horta". O autor ainda escreveu outra obra: Tractado das ervas, plantas, frutas e animais, considerado perdido, que poderia ser um trabalho registado no inventário da biblioteca do Colégio dos Jesuítas do Funchal, como Sobre Mezinhas e Frutas da Índia, sem indicação de autor e do lugar de edição, mas datado de 1562, que pode também ser uma primeira versão do Colóquio dos Simples. Nos últimos anos de vida, tendo-lhe falecido a mulher, por 1587, retirou-se para Huelva, onde passou a viver como eremita, aí falecendo em 1594.