Tostão de D. António, prior do Crato.
(1531-1595)
Coroa ou reverso de moeda de 100 réis com as Armas Reais.
Prata (algo cobreada), Angra, ilha Terceira, 1582 a 1583, Açores, quase não sendo visível o A de Açores, mas bem o açor, embora algo tosco.
Museu da Casa da Moeda de Lisboa, Portugal.

D. António (1531-1595) era filho do infante D. Luís (1506-1555), duque de Beja e neto de D. Manuel (1469-1521), ficando conhecido como prior do Crato e tendo sido declarado bastardo pelo tio, o então cardeal-rei D. Henrique (1512-1580), após processo oficial. Com a morte do tio, no entanto, veio a ser aclamado, a 24 de julho de 1580, no castelo de Santarém, mas depois de dois meses de reinado em Lisboa teve de fugir e, até ao fim da vida, nunca desistiu de recuperar o lugar que entendia como seu. Durante a sua estadia nas ilhas dos Açores, onde, entre agosto de 1580 e julho de 1583, tentou reunir meios para regressar ao continente e desafiar o poder castelhano, cunhou moeda, para o que recorreu, inclusivamente ao ouro, prata e ao bronze dos sinos de várias das igrejas locais.