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Arquipelago de Origem:
Khorfakkan
Data da Peça:
2018-00-00
Data de Publicação:
30/12/2024
Autor:
Vários
Chegada ao Arquipélago:
2024-12-30
Proprietário da Peça:
Porto de Khorfakkan
Proprietário da Imagem:
Privado
Autor da Imagem:
Privado
Torre de Al Adwani, 1623 (c.), reposição de 2018 e 2019, porto de Khor Fakkan, Khorfakkan, emirado de Sharjah, Emirados Árabes Unidos

Categorias
    Descrição
    Torre de Al Adwani
    Construção provavelmente portuguesa, dada como levantada em 1623 (c.), foi depois utilizada como farol, demolida em 1985 e mandada repor pouco depois, na década seguinte, obra concluída entre 2018 e 2019.
    Fotografia de maio de 2020
    Antiga Corfacão, Khor Fakkan, Khorfakkan, emirado de Sharjah, Emirados Árabes Unidos

    A ocupação de Corfação, atual Khor Fakkan, em território hoje do emirado de Sharjah, tem uma longa história, havendo evidências de buracos para pilares de madeira das tradicionais cabanas barasti, chamadas arexe (areesh), similar àquelas encontradas Tel Abraque, que datam do III ao I milénio a.C.. Cerca de 1500, Duarte Barbosa (c. 1480-1521) descreveu Corfação como uma vila "em torno da qual há vários jardins e fazendas".
    A fortaleza portuguesa de Corfacão foi mandada levantada por Gaspar Pereira Leite, em 1620, numa altura em que se tentava cimentar a presença portuguesa no acesso ao golfo Pérsico, embora tivesse havido pontuais ocupações em 1507 e 1515, por exemplo. Teria uma forma triangular rematada por baluartes modernos, com os maiores muros com 26 metros. O interior da fortaleza teria uma torre artilhada e um poço. De acordo com a descrição de Manuel Godinho de Erédia (1563-1623), tinha um capitão e 24 soldados, todos lascarins, que custavam anualmente 204$000. Ao longo dos meados do século XVII, em princípio, foi acabando por ser abandonada, registando a tripulação do navio holandês Meerkat, em 1666, que tendo sido avistada, a descreveu no diário de bordo: Corfacan é um lugar em uma pequena baía, que tem cerca de 200 pequenas casas todas construídas a partir de ramos de palmeira, perto da praia. Tinha no lado norte uma fortaleza triangular portuguesa, da qual ainda se podem ver as ruínas desoladas. Na costa sul da baía, em um canto, há outra fortaleza em uma colina, mas não há guarnição nem artilharia sobre ela e também está em ruínas. Desta segunda fortaleza parece ter ficado uma torre, depois reutilizada como farol, a torre Al Adwani, demolida em 1985, mas repostas em 2018.
    Teria sido a mais importante feitoria fortificada desta área, entre Mascate e Ormuz, subsistindo as estruturas da fortaleza central, com um muro na frente mar com posições para mosquete, uma muralha a envolver a povoação para poente e, pelo menos, 3 torres de vigias, de que ficou somente a Al-Rabi, com poço próprio.