Tapete em calçada madeirense do adro da igreja matriz de São Vicente.
30 4 1943.
Campanha e reposição de 1943 com o Navio
de São Vicente e os seus corvos.
Fotografia de Salvador Freitas/IA, por drone, 2021
São Vicente, ilha da Madeira.
Pub. in
Calçada Madeirense: Bordados a Preto e Branco, de João Baptista Pereira Silva, engenheiro geólogo, Celso Gomes, professor de Ciência Geológicas e de José Luís de Gouveia e Freitas, Funchal, Imprensa Académica, 2022, p. 323.
Cronologia:
1485 a 1495 - construção da primeira ermida;
1594 - indicação de que a igreja estava arruinada, devendo pouco depois terem-se iniciado obras;
1600 - construção do inicial retábulo e sacristia;
1624 - construção da nova sacristia;
1631 - acrescento do corpo da Igreja;
1643 - reedificação da capela-mor;
1648 - azulejamento da capela-mor com tapete de
maçarocas, de que alguns azulejos subsistem no lavabo;
1650 - construção da capela do Santíssimo;
1669 - construção do coro alto e sacristia;
1670 - execução do sacrário pela oficina de Manuel Pereira (atr.);
1692 - términos da construção da nova igreja, de que restam elementos, como parte dos altares colaterais;
1699 - construção do alpendre;
1715 - reconstrução da capela do Santíssimo e do
quarto dos santos e das flores;
1719 - António Pereira, mestre marceneiro e autor do arcaz da sacristia;
1726 - Manuel Lourenço, carpinteiro das molduras da capela-mor e camarim;
1765 - acabamento da inicial torre;
1790 - execução de novo altar-mor pela oficina de Estêvão Teixeira de Nóbrega (atr.);
1900 - substituição da telha da igreja;
1924 - Vieira e A. Cândido Pinto, escultor de Braga, da imagem de São Vicente;
1938 - melhoramentos importantes, levantamento do teto da igreja, renovação da armação e da telha, construção da nave a S., construção de uma sala de reuniões, arrecadação, quarto das flores e do púlpito;
1942 - configuração atual da igreja;
1940 - José Ferreira Thedim, escultor de Santo Tirso, Coronado, escultor de Nossa Senhora das Dores.
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A Calçada Madeirense utiliza essencialmente pedra rolada, seixo e/ou calhau, e pedra navalheira, peculiaridades que a distinguem de qualquer outra Calçada”. É desta forma que os três autores deste trabalho científico, descrevem a obra que se debruça sobre um património cultural nunca descrito e explicado, como agora, ao público português e estrangeiro. Trata-se de um livro, em português e em inglês, apresentado a
24 de março de 2022 no salão nobre do Parlamento madeirense, de autoria dos investigadores João Baptista, engenheiro geólogo, Celso Gomes, professor de Ciência Geológicas e de José Luís de Gouveia e Freitas, matemático, falecido esta semana e cujo trabalho académico foi enaltecido na apresentação da obra ‘
Calçada Madeirense: Bordados a Preto e Branco'. “
A melhor homenagem que podemos prestar ao José Luís é precisamente que este livro tenha a maior divulgação possível, porque ele também é fruto do seu trabalho”, enfatizou então o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira.