Taça ou base de saleiro de oficina sapi-portuguesa do Musée du quai Branly, Jacques Chirac, Serra Leoa, 1490 a 1530, talvez 1500 (c.), Paris, França.
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Descrição
Taça ou base de saleiro.
Marfim de elefante esculpido, 13,5 cm.
Oficina sapi-portuguesa da Serra Leoa, 1490 a 1530, talvez 1500 (c.).
Fotografia de Claude Germain para a Connaissance des Arts da exposição Comptoirs du monde. Les feitorias portugaises, XVe-XVIIe siècles do château d’Angers, vale do Loire, junho de 2022.
Musée du quai Branly, Jacques Chirac, Paris, França.
Este grupo de peças tem sido atribuído às oficinas da Serra Leoa com base no relatório de 1506/10 do informador e editor Valentim Fernandes (c. 1450-1519), conhecido pelo manuscrito deste impressor, Códice da Biblioteca de Munique ou Relação de Diogo Gomes, que forneceu os dados, onde se escreveu que os habitantes desta área possuíam especial talento manual para a execução de saleiros de marfim e de colheres, executando as gravações com base em desenhos que lhes forneciam. As figuras destes saleiros revelam grandes afinidades com as esculturas em pedra-sabão ditas ‘nomoli’, também desta área, mas nestes marfins de muito especial qualidade.
Taça ou copo vendido no leilão da Sothebys, Paris, 12 de junho de 2012, lote 45, avaliado então entre 150.000 e 250.000 euros. Dado como tendo pertencido a Edouard de Jullienne (Aix-en-Provence, 1807-1870) e, segundo a memória da família, tinha vindo por herança do tio avô, o mecenas e colecionador Jean de Jullienne (1686-1766), sendo transmitido de geração em geração.