Soldado da 1.ª Grande Guerra, faiança de Vasco Lopes de Mendonça (atr.), 1950 (c.), Caldas da Rainha, Portugal.
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Descrição
Soldado da 1.ª Grande Guerra,
Figura em faiança vidrada policromada, sem marca, alt.: 27 cm.
Fábrica Bordalo Pinheiro (atr.), Vasco Lopes de Mendonça (1883-1963) (atr.), 1950 (c.).
Marques dos Santos Leilões, Porto, 27 de outubro de 2021, lote 16, avaliado em 375 euros, vendido por 475 euros.
Peça de que há exemplar muito semelhante no Museu Militar da Madeira, mas com marca na base
Caldas da Rainha, Portugal.
Vasco Lopes de Mendonça (1883-1963), ex-aluno do Real Colégio Militar (167/1894 e 111/1896) e coronel de Engenharia, fazendo carreira na área e aposentando-se enquanto técnico superior de engenharia da Câmara Municipal de Lisboa, dedicando também particular atenção à caricatura, à ilustração e à cerâmica, dado ter crescido e ter sido educado, numa família e num ambiente, de artistas e intelectuais. Filho do oficial da Marinha, Henrique Lopes de Mendonça (1856-1931), também militar de carreira, escritor e dramaturgo, elaborou em 1890, no auge do ultimato inglês, a letra de A Portuguesa, composição musicada por Alfredo Keil (1850-1907), que, após ser parcialmente expurgada no verso "Contra os bretões marchar, marchar" para se tornar politicamente correta, foi adotada como Hino Nacional da 1.ª República. Sua mãe, Maria de Amélia Bordalo Pinheiro (datas desconhecidas), provinha da famosa família Bordalo Pinheiro onde, entre outros, se destacaram Columbano (1857-1929) e Rafael (1846-1905), irmãos de Maria Amélia, e o filho deste último, Gustavo (1867-1920), pelo herdou assim interesses económicos na célebre Fábrica das Caldas da Rainha, do tio Rafael Bordalo Pinheiro, onde editou alguns dos seus trabalhos. Suas irmãs Virgínia Lopes de Mendonça (1881-1969) e Alda Lopes de Mendonça (1885-1962), destacaram-se também, como escritora e dramaturga, a primeira, e como rendeira, numa certa tradição Arts & Crafts, mas também reproduzindo desenhos de seus irmãos Vasco e Virgínia, a segunda.