O Sacristão, figura de movimento em cerâmica das Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, 1909, Caldas da Rainha, Portugal
Categorias
Descrição
O Sacristão com turíbulo.
(Que deveria ser de prata e não de ouro)
Figura de movimento em cerâmica policromada e vidrada da Fábrica de Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro das Caldas da Rainha, 22 cm.
Com marca da cobra e datado de 1905 e marca da fábrica Bordalo Pinheiro "FBP", datado de 1909.
O sacristão enverga sobrepeliz de mangas muito largas, sendo a batina muito rodada e com pregas
Peça de que há várias versões de 1903, 1905, 1909 e até aos dias de hoje, algumas editadas na fábrica de José A Cunha Sucessor, também das Caldas da Rainha e que chegou a ser gerida por Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920).
Proveniente da antiga coleção Professor Doutor António Ferraz Júnior e Dr. José Manuel Ferraz.
Palácio do Correio Velho, leilão de Lisboa, 12 de maio de 2021, lote 299, avaliada entre 200 e 400 euros, Portugal.
Rafael Bordallo Pinheiro (Lisboa, 1846 - idem, 1905). Filho do pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880), secretário da Câmara dos Pares, não tardou a patentear a sua predileção pela caricatura, essencialmente, política, de que nos legou talvez o que de melhor que se fez no seu tempo, e mesmo na Europa, deixando quase uma dezena de periódicos por ele fundados e dirigidos. Nos últimos anos dedicou-se igualmente à cerâmica. Era irmão do pintor Columbano Bordalo Pinheiro (1827-1929) e pai de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920). As figuras de movimento foram das suas melhores criações e têm-se produzido até aos dias de hoje. Especialmente decorativas são constituídas por três partes (pernas, tronco e cabeça) articuladas entre si, por meio de um engonço, e que à mais pequena vibração reproduzem o movimento da figura humana, acrescentando-lhe o humor que celebrizou Bordallo.