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Arquipelago de Origem:
Óbidos
Data da Peça:
1955-00-00
Data de Publicação:
24/10/2025
Autor:
Abílio de Mattos e Silva
Chegada ao Arquipélago:
2025-10-24
Proprietário da Peça:
Museu Municipal de Óbidos
Proprietário da Imagem:
Hugo Carriço
Autor da Imagem:
Hugo Carriço
Rua de Óbidos, óleo de Abílio de Mattos e Silva, 1955 (c.), Museu Municipal de Óbidos, Portugal.

Categorias
    Descrição
    Rua de Óbidos.
    Óleo sobre tela, .
    Abílio de Mattos e Silva (1908-1985), 1955 (c.).
    Fotografia de Hugo Carriço de 2020.
    Museu Municipal de Óbidos, Rua Direita, 57, Óbidos, Portugal

    Abílio de Mattos e Silva (Sardoal, 1908; Lisboa, 1985). Embora nascido no Sardoal, manteve sempre residência em Óbidos, onde fora criado, tendo sido pintor, cenógrafo e figurinista. Casado com a decoradora de interiores Isabel Salavissa (1925-2006), o Museu Abílio de Mattos e Silva, em Óbidos, nasceu da vontade da mesma, legando o espólio do marido, repartido pelo pequeno museu com o seu nome, essencialmente com a obra gráfica e para o teatro, e o museu municipal, com a pintura a óleo. O seu trabalho criativo desenvolveu-se, especialmente na área do teatro, ópera e ballet, quer enquanto figurinista, quer enquanto cenógrafo, desde 1952 até 1970,  tendo, antes, sido assistente da FNAT (Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho), antecessora do INATEL, entre 1941 e 1951, tendo também executado cartazes para a promoção de Óbidos enquanto «Museu de Portugal», para a Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas e para a TAP, em 1966, trabalhando assim a ilustração, o design gráfico, a tapeçaria e até a poesia, ainda inédita. Grande parte deste espólio, entretanto, esteve exposto na Fundação Calouste Gulbenkian, cinco anos após a sua morte, onde foi relembrado através do seu trabalho e o que levou o crítico de arte Fernando de Azevedo a constatar: «Quase nada se sabendo dele, eis que verdadeiramente muito dele afinal se viu. E é preciso pensar, voltando a ver-lhe a obra, que esta é, embora próxima de nós ainda, um inigualável testemunho.» (Abílio. Pintura, Desenho, Cenários, Figurinos, 1990, p. 8).
    O Museu Municipal de Óbidos foi inaugurado a 15 de junho de 1970, pelo então presidente da República, almirante Américo Deus Rodrigues Tomás (1894-1987) o cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Alves Cerejeira (1888-1977) e diversas autoridades do Governo, ocupando um palacete dos meados do século XVII e XVIII, que chegou a servir também de prisão municipal e, no XX, foi residência do pintor Eduardo Malta (1900-1967), que lhe deu parte do aspeto de palácio que hoje apresenta. Foi seu primeiro diretor o então presidente da Câmara, Albino de Castro e Sousa (1922-1984). A exposição permanente testemunha a ação das colegiadas religiosas, paróquias, da Santa Casa da Misericórdia de Óbidos e outras entidades, destacando-se a coleção de pintura dos séculos XVI e XVII, onde constam obras de Belchior de Matos (1570-1628), André Reinoso (c. 1590-1650), ativo entre entre 1610 e 1641, e Josefa d’Óbidos (1630-1684).