Pueblo Canario, desenho aguarelado de Néstor de La Torre, 1937 (c.), Las Plamas, Gran Canaria.
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Descrição
Pueblo Canario.
Desenho aguarelado sobre cartolina.
Néstor de La Torre (1887-1938), 1937 (c.)
Grupo de trabalhos que previam já encontrar um modelo para o futuro museu do Autor e de que ficaram várias versões, inclusivamente, sob o título de Visões das Canárias ou Visiones de Canarias.
Museo de Néstor.
Santa Catalina, Las Plamas, Gran Canaria.
Néstor Martín Fernandez de La Torre (Las Palmas, 7 fev. 1887 – idem, 6 fev. 1938). De uma família de artistas, seu tio homónimo era cantor em Madrid e o seu irmão Miguel Martín Fernandez de La Torre (1894-1980), seria arquiteto e o seu grande apoiante, ainda havendo mais dois irmãos pintores. Em 1901 já se encontra em Madrid, como discípulo de Rafael Hidalgo de Caviedes (1864-1950), desenhando no Prado e no atelier do mestre, já expondo no ano seguinte, em 1903, no Círculo de Bellas Artes, no Palácio de Cristal do Bom Retiro. Em 1904 pinta o retrato de Afonso XIII (1886-1941), deslocando-se a Londres e, em 1905, estabelece-se em Paris, deslocando-se pela Europa. Pintará seguidamente por toda a Europa, fazendo ainda trabalhos para vários teatros e várias companhias, inclusivamente, para os ballets Russos de Diaghilev (Sergei Pavlovich Diaghilev, 1872-1929), de cujo empresário se torna amigo. Passará sempre pontualmente pelas Canárias e, a partir de 1934, dada a crise europeia, ali se fixa, mas falecendo inopinadamente em 6 fev. 1938. Já um ano antes começara a planear um museu para o seu acervo, empreendendo depois o irmão mais novo, o arquiteto Miguel, com base nos seus desenhos do Pueblo Canario, um museu com o seu nome, para o qual a família concorreu com quase todo o espólio disperso pelos seus inúmeros membros.