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Arquipelago de Origem:
Freguesia da Sé (Funchal)
Data da Peça:
1990-00-00
Data de Publicação:
09/06/2024
Autor:
Rui Carita
Chegada ao Arquipélago:
2024-06-09
Proprietário da Peça:
Rui Carita
Proprietário da Imagem:
Rui Carita
Autor da Imagem:
Rui Carita
Proposta de iluminação do brasão de armas do baluarte do Castanheiro, técnica mista de Rui Carita, 1990, Funchal, ilha da Madeira.

Categorias
    Descrição
    Proposta de iluminação de esmaltes e metais do brasão de armas do baluarte do Castanheiro.
    Campanha de obras de Jerónimo Jorge(c. 1560-1618), 1599 a 1612 (c.).
    Armas executadas nesse último ano de 1612 a partir de uma antiga mó de moinho, altura em que a fortaleza e palácio passam a usar a evocação de São Lourenço.
    Tinta de ouro e têmpera sobre papel, 42,3 x 30 cm.
    Rui Carita (1946-), 1990.
    Fotografia de 5 de junho de 2024.
    Funchal, ilha da Madeira.

    O brasão de armas do baluarte do Castanheiro, apeado em 1915, para ampliação do antigo Passeio Público que deu lugar à Avenida Arriaga e reposto em julho de 1993, é, em princípio, um caso único no território português. Assim, as armas de Portugal, usadas então pelos Bragança, em cantaria do Porto Santo, assentam sobre as de Castela, mantendo-se o envolvimento pelo colar do Tosão de Ouro e sendo encimado pela coroa imperial de Castela. Acontece que os Filipes nunca usaram em Portugal as suas armas de Castela, mas sim as de Portugal, como reis de Portugal que então eram, pelo que teria sido um exemplar único e totalmente fora do costume da época. Acresce que a justaposição das armas de Portugal ao conjunto, por certo efetuada por 1641 ou 1642, ainda torna o brasão mais inédito.
    Rui Alexandre Carita Silvestre (1946-) nasceu perto de Tomar, filho de um oficial da Força Aérea, então em serviço na Base Aérea de Tancos. Aluno do Colégio Militar, seguiu a carreira militar e prestou serviço na guerra colonial, em Angola e Moçambique, sendo reformado em coronel. Dedicando-se desde muito novo às artes plásticas, efetuou a sua primeira exposição individual de pintura em Moçambique, em 1972, a que se seguiram exposições na ilha da Madeira e em Portugal, mas também em Espanha, Marrocos e Turquia. Tendo fixado residência em 1973 no Funchal, licenciou-se e doutorou-se em História, tendo entrado para professor da Universidade da Madeira em 1990. Dedicando-se ao estudo da História da Madeira e do património português construído na expansão, publicou algumas centenas de trabalhos nessa área e, ampliando, entretanto, os seus trabalhos aos quadros dos Oceanos Atlânticos e Índico, ainda hoje trabalha como assessor para arqueologia e património nos Emirados Árabes Unidos.
    Encontra-se representado como artista plástico em coleções oficiais de Portugal, Espanha, Itália, Vaticano, Turquia, Marrocos, Brasil, Cabo Verde, Angola, Moçambique e Emirados Árabes Unidos, tendo executado trabalhos para a Universidade e o Governo Regional da Madeira, a Diocese do Funchal, o Ministério da Defesa Nacional e o Estado Maior do Exército, entre outros. Em 1988, para os CTTs, executou a coleção de selos “Casa de Colombo na Madeira”.