Porto do Funchal, Max Römer, 1925, ilha da Madeira.
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Descrição
Bellas Noutes.
Bilhete postal Madeira Flowers, from Wather colour by Max Römer, Funchal, Serie N.º 1.
Aguarela de Max Römer, impressa por Conrad Hanf, Hamburg.
Enviado por Angelina a Joan da Cunha, em Londres, pelo Natal de 1928, 22 de Dezembro.
Álbum V de Joan Cunha, Arte Nova, 1920 (c.)
Conjunto encadernado de 52 folhas para 3 postais por face, com 28 x 22 x 6 cm.
Funchal, ilha da Madeira.
Conjunto muito diversificado de postais, especialmente ingleses e comemorativos, muitos com banda desenhada. Trata-se de um dos maiores álbuns desta Coleccionadora.
Max Wilhelm Römer (Hamburgo, 22 nov. 1878; Funchal, 1960). Tendo-se alistado como soldado na infantaria alemã, durante a I Grande Guerra, de 15 jun. 1915 a 28 dez. 1918, esteve nas campanhas da frente oriental e na cidade grega de Salónica, sendo promovido a 1ª cabo e decorado com a Cruz Hanseática. De regresso, à Alemanha, tendo já contraído casamento com Louise Kaetchen Parizot, de origem javanesa, a 24 maio 1902, começou por trabalhar como artista plástico para firmas de Hamburgo, mas as condições financeiras da família, com 3 filhos (de 5 que haviam tido), encontravam-se debilitadas pelo surto inflacionista gerado pela Grande Guerra. A ideia de se fixar na Madeira adveio de Bente Olsen, ex- bailarino dinamarquês para o qual Römer executara cartazes e, também, de uma proposta de trabalho da firma Kiekiben, tendo o casal e os seus três filhos desembarcado no Funchal, a 27 maio de 1922, após a escala do vapor brasileiro Curvello que se dirigia para o Rio de Janeiro. A primeira residência dos Römer situou-se em São Roque, na Quinta São João, mudando-se depois para a Estrada Monumental, freguesia de São Martinho, na Nazaré e nos últimos anos da sua vida, viveu no Funchal na Rua Major Reis Romes, nº 8. A sua obra seria desde logo reconhecida por António Nóbrega, pintor madeirense que com Max Römer executou alguns painéis da Igreja de São Vicente. Todavia, a sua temática artística, ficou desde logo ligada à cidade, pintando as ruas, as travessas, os costumes e as paisagens, utilizando as técnicas mais variadas, desde o guache, o óleo ou a aguarela. Dos seus filhos, Anita seguiu-lhe os seus passos, como pintora mas morrendo prematuramente aos 29 anos de tuberculose em 30 de outubro de 1934 e também Valesca Römer ou Valli (1911-1988), que faleceu no Funchal e no fim da sua vida reproduzia com alguma qualidade, os quadros do seu pai para os amigos. O seu filho, Rolf Römer (1909-) seria o único que voltaria a Hamburgo, onde foi intérprete, tradutor e correspondente do Diário de Noticias do Funchal, tendo, em 26 de abril de 1984, oferecido à Região Autónoma da Madeira, o património artístico, desenhos e pinturas do pai. A primeira e única exposição realizada em vida de Max Römer decorreu de 1 e 11 de janeiro de 1961, sob iniciativa do Dr. Wiliam Clode, coronel Eduardo Ferreira, Eng.º Peter Clode e o pintor Louro de Almeida, levada a cabo na Academia de Música e Belas Artes da Madeira, onde foram expostas algumas obras realizadas antes de se radicar no Funchal como por exemplo, as que mostravam As trincheiras da Primeira Guerra Mundial. A obra de Max Römer foi evocada em 1998, data correspondente ao seu 110º aniversário, tendo-se realizado uma exposição itinerante pelos concelhos da Madeira e Porto Santo de dezoito aguarelas do pintor (organização e texto de Francisco Clode de Sousa); em 2008, objeto de edição em álbum, O Funchal na obra de Max Römer, 1922-1960, recolha de Rui Camacho, com textos do mesmo, Eberhard Axel Wilhelm, Maria Teresa Freitas Brazão e Rui Carita, ed. Funchal 500 Anos, 2008; e a 15 março 2013, no Centro de Artes da Calheta - Casa das Mudas, com a grande exposição comissariada por António Rodrigues e patente até 30 de novembro de 2013.