Porta do meio da coroada da Praça-forte de Valença, 1700 (c.), Valença do Minho, Portugal.
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Porta do meio da coroada da Praça-forte de Valença.
Inscrição: Pelos anos de Cristo de 1700 imperando na Monarquia Lusitana D. Pedro II, nosso Senhor, e sendo Governador das Armas da Província do Minho D. João de Souza foi esta obra erecta.
Armas de D. João de Sousa, filho segundo de D. Francisco de Sousa (Conde de Prado) que foi Vedor da casa de El-Rei D. Pedro II e Governador das Armas da Província do Minho, 1700
Campanha geral de Miguel de l'Ècole, 1660 e seguintes e reposição de Manuel Pinto de Vilalobos (c. 1670-1735), 1700.
Fotografia de 2018.
Valença do Minho, Portugal
A fortaleza de Valença foi construída entre 1650 e 1660, durante a 2.ª fase das Guerras da Aclamação. A praça teve obras nos inícios do século XVIII, com Manuel Pinto de Vilalobos (c.1670-1734), que a concluiu em 1713, mas em meados do século XVIII, devido a um certo abandono a praça revelava grande degradação, sendo as obras de restauro conduzidas pelo capitão engenheiro militar Carlos Luís Ferreira da Cruz Amarante (1748-1815), o mais habilitado técnico a trabalhar à época no Norte. Obra de arquitetura militar abaluartada, cujos primeiros muros remontam a um povoado da Idade do Ferro e que atualmente possui um sistema abaluartado, edificado nos séculos XVII e XVIII. A fortificação localiza-se no topo de dois outeiros e é formada por dois polígonos: a Magistral (mais antiga) e a Coroada, separados por um fosso, com falsas-bragas. 10 baluartes e 2 meios baluartes, 5 revelins, 5 reparos, 6 redentes, 2 contraguardas, 2 cobre-faces, 1 tenalha, 34 guaritas, 214 canhoneiras, 6 fortes, 3 poternas, 2 paióis, 10 casamatas, são alguns dos elementos da arquitetura militar abaluartada que se projetam e é possível apreciar nesta fortificação. A Carlos Amarante, entre outras obras, se deve a construção da célebre ponte sobre o Tâmega, em Amarante, entre 1782 e 1791, do novo santuário do Bom Jesus de Braga, construído a partir de 1784 e da Escola Politécnica do Porto, atual Faculdade de Ciências. Conhecemos outra planta de Champalimaud, de 12 de Abril de 1777, na qual se veem os projetos e as Obras que indispensavelmente precizão, assim como outra de Maximiano José Serra, de 1797, com as obras já efetuadas.
Cronologia da praça-forte de Valença:
Época romana - aqui deverá ter existido um "oppidum", já que no local se fazia a travessia do rio Minho na estrada de Bracara Augusta a Lucus; séc. 11, finais, 1080 - D. Sancho I impulsiona fundação de póvoa fortificada, de nome Contrasta; 1212 - D. Afonso IX de Leão investe contra Portugal e arrasa o castelo de Contrasta; transferência da população para Sortelha; 1213 - restabelecimento da paz, sendo os castelos restituídos a D. Afonso II; 1217, 11 ago. - concessão de foral por D. Afonso II, tendo já nesta por esta data muralhas que, segundo Carlos Ferreira de Almeida tinham cerca de 300 m. x 70 m.; 1258 - nas Inquirições de São Pedro da Torre recordam-se as ajudas prestadas na edificação dos muros e fosso; 1262, 11 ago. - confirmação do foral por D. Afonso III, mudando o nome da povoação de Contrasta para Valença, o qual mandou renovar e ampliar a primeira cerca; séc. 14, 1340 a 1380 - remodelação durante o reinado de D. Dinis; durante a sucessão, por morte de D. Fernando, Valença tomou partido por D. Beatriz; séc. 15, c. 1450 - possivelmente recebeu algumas obras durante reinado de D. Afonso V; 1502 - D. Manuel manda reparar a muralha; 1506, cerca - segundo os desenhos de Duarte D'Armas as muralhas e torres tinham muitos estragos, desenhando-se já a Fonte da Vila; 1542 - nomeação do escrivão das obras dos muros e fortaleza; séc. 17 - intervenção nas muralhas por Sebastião Pereira de Frias; 1641 - criação do Conselho de Guerra e Junta das Fortificações; 1643 - tentativa frustrada de tomada da fortaleza pelos espanhóis; 1647, 13 jul. - criação da Aula de Fortificação; 1657 - D. Vicente de Gonzaga ataca Valença, mas a guarnição, sob o comando do capitão António de Abreu, resistiu; o Governador das Armas da Província, D. Álvaro de Abranches manda socorrer a praça, que resiste a novo ataque; 1657 / 1658, entre - provável construção de trincheiras formando um reduto no outeiro do Bom Jesus, para defesa da praça, pelas tropas de Castelo Melhor, D. João Rodrigues de Vasconcelos; 1660, década - Miguel de Lescole forneceu uma planta da fortificação da praça obedecendo aos planos do Conde de Prado, limitando-se inicialmente a envolver o aglomerado urbano e sua respetiva muralha medieval; 1662 - o general Baltazar Pantoja consegue tomar a fortaleza num 2º ataque; 1662, cerca - sendo Governador das Armas do Minho, Visconde de Vila Nova Cerveira, D. Diogo de Lima Brito e Nogueira, começam obras da Coroada; 1683 - Lescole enviou ao Conselho da Guerra uma planta da praça com o reduto da Coroada a erguer no outeiro do Bom Jesus, que substituísse a obra córnea de terra; o Eng. Manuel Pinto Vilalobos fez uma cópia dessa planta de Lescole; 1691, 24 set. - o Pe. João Duarte e o Eng. Francisco Pimentel e João Roiz Mouro respondem que como Miguel de Lescole era "tão prático e excelente engenheiro" que não tinha nada que emendar e reparar, mas seguir o seu desenho, portanto, Miguel Vilalobos dirigiu a construção da Coroada segundo planta de Lescole; 1693 - introduziu-se uma tenalha e multiplicaram-se as obras exteriores da Coroada, adicionando-se fossos, contra-escarpa e uma entrada coberta; 1700 - as obras estariam avançadas, dado as datas na porta da Coroada e na do Meio; 1704 - Domingos Álvares do Rego era o empreiteiro das obras da praça, dirigidas por Vilalobos, assistido pelo capitão-mor da praça Gonçalo Teixeira Velho; início de hostilidades com aliança franco-espanhola durante a Guerra da Sucessão; 1713 - planta da fortaleza de Valença feita por Manuel Pinto de Vilalobos dando-a como quase concluída, referindo-se, por exemplo, a proposta de construção do revelim da Fonte da Vila e o paiol dos Açougues que fora feito de novo à prova de bomba; 1715 - direção das obras de fortificação a cargo de Manuel Pinto de Vilalobos, de que se conservam levantamentos desenhados; a Coroada encontrava-se concluída e o corpo da Praça possuía ainda baluartes em torrão; estavam projetados para reforço da face E. o revelim das Portas da Gaviarra (então de São Vicente) e o tenalhão em frente da cortina de São Francisco; 1716 - construção do revelim da Gaviarra sendo Governador das Armas da Província do Minho D. António de Noronha, 2º Marquês de Angeja, por Manuel de Azevedo Fortes; 1722 / 1728, entre - D. Rodrigo de Moura Teles, arcebispo de Braga, manda edificar o aljube; 1758 - desenho da Praça pelo Sargento-mor Gonçalo da Silva Brandão; 23 abr. - referida nas Memórias Paroquiais pelo Pe. António Lourenço Lajes como tendo 12 baluartes altos e 5 baixos, três portas, a da Gaviarra e a da Coroada a fazer serviço e a de Monção fechada, para além de uma porta falsa de acesso à fonte da vila, guarnecida de 40 peças na sua maioria de bronze, muito grandes; 1762 - planta do Capitão Eng. Jean Benoit Python; 1764 - criação do Regimento de Artilharia de Valença pelo Coronel Luís d'Alincourt; 1766 / 1777 - levantamentos do Sargento-mor José Joaquim Champalimaud de Nussane; 1774 - data no ferrolho da porta do Paiol da Coroada; 1783 - criação da Aula Real da Artilharia por iniciativa de Jean Victoire Miron de Sabionne, instalando-a no antigo Palácio do Governador Militar; 1790 - relatório de João Victório Miron de Sabina com o estado de conservação da fortaleza: a estrada profunda até ao rio que partia da porta da Gaviarra ameaçava ruína; era necessário consertarem-se as abóbadas das portas com prisões, a porta do Sol, as abóbadas dos revelins da porta do Sol e da Coroada, as passagens das comunicações da Fonte da Gaviarra, refazer-se os parapeitos das portas da Coroada e do Meio; necessitava que se construísse ao lado das portas do Sol uma escada para que de Inverno se pudessem render as sentinelas; o aquartelamento do Regimento de Artilharia estava em ruínas; 1795 - construção das pontes e respetivas abóbadas das portas do Meio, do Sol e da Coroada, demolição do Quartel do Regimento de Artilharia, reedificação da fonte do castelo de Viana do Castelo e respetiva canalização (4:009$793); demolição do convento de freiras junto à igreja de Santo Estêvão aproveitando-se o entulho para o cavaleiro do baluarte de São Francisco; jun. - achavam-se feitos 6480 palmos superficiais de calçada em seixo rolado entre a Ponte do Restilho e as Portas da Coroada; 1796, mar. - capiamento das paredes do baluarte de São Francisco; jun. - reedificação dos tanques da Porta do Sol; ago. - conclusão de uma cozinha unida aos quartéis da 4ª e 5ª Companhia de Infantaria na Coroada; 1797 - inicio da construção de um quartel para o Regimento de Artilharia no lugar onde tinha existido o convento de freiras, e onde cabiam apenas 600 homens; nov. - ordena-se ao tenente-coronel José Carlos Mardel, do Real Corpo de Engenheiros da Ajuda inspecionar o estado da praça de Valença, cujo relatório foi acompanhado por desenho da Praça pelo Eng. Maximiano José da Serra, o qual passou a dirigir as obras de fortificação; a Coroada estava cheia de pequenas casas construídas com o consentimento dos antigos governadores; séc. 18, 3º quartel - construção no flanco do baluarte do Socorro de uma tenalha ou "cauda de andorinha" para reforçar a defesa da porta da Gaviarra; 1801 - início da guerra das Laranjas, levando ao encerramento da fronteira com Espanha; 4 ago. - reabertura da fronteira; 1802 - a fortaleza tinha 61 bocas de fogo, de ferro e bronze, e alguns morteiros; 1809, 10 abr. - ocupação francesa; 17 abr. - abandono de Valença pelas tropas francesas que minaram as portas do Sol e respetiva cortina e a porta do seu revelim ou portas de Santiago; os trabalhos de restauro foram dirigidos pelo Eng. Maximiano José Serra, supervisionadas pelo tenente general Matias Dias Azedo; 1810 - ainda dirigia os trabalhos de reconstrução o Eng. Matias José Dias Azedo, aqui também trabalhando o Eng. Carlos Luís Ferreira da Cruz Amarante; 1811 / 1813 - o Eng. Maximiano José Serra volta a trabalhar nas obras de construção da fortaleza; 1812 - construção de novo revelim da Fonte da Vila com a pedra do entulho de 24 casas demolidas no perímetro da esplanada da praça, empregando-se na obra 100 pessoas, 40 das quais eram pedreiros; construção da contra-escarpa desde o baluarte de São José, na Coroada, até ao revelim da Fonte; o Eng. Pedro Arbués Moreira trabalha nas obras; construção de parapeitos e banquetas no revelim da Gaviarra, revestidas com plataformas e canhoeiras com esplanadas de adobe, bem como rampas para subir a artilharia; feitura de comunicação no fosso para proteger a retirada, defendida com parapeito, banquetas e paliçadas; terraplanagem da praça de armas semicircular da parte esquerda do revelim do Sol, que levou 22 palmos de altura de terra em toda a sua extensão e uma grande esplanada devido ao acentuado declive; eliminação das portas do revelim, as antigas portas de Santiago, fazendo uma abertura pelo lado direito, entre o revelim e o baluarte da Esperança, para saída para o exterior; transferência da fonte das Barracas do baluarte do Faro para a frente das Portas do Sol; início do desmantelamento do tenalhão da Cortina de São Francisco; 1813, 24 fev. - data de uma perspetiva cavaleira do Novo Revelim da Fonte da Vila, do Tenente Coronel Serra, desenhando a paliçada no revelim; nov. - o Eng. Pedro Arbués Moreira substitui o Eng. Maximiano Serra; 1814 - após inspeção à fortaleza, o Eng. Carlos Frederico Bernardo de Paula, do Real Corpo de Engenheiros, elabora relatório dando conta do mau estado dos baluartes da Esperança e do Faro, sendo visíveis as "fendas e ruínas" no paiol do cavaleiro da Esperança, causadas pelo abatimento do terrapleno naquela zona; as infiltrações deviam-se à "ruim" qualidade da pedra com que se construíram as abóbadas, que era "muito porosa e mole"; refere-se ainda ter-se colocado exteriormente telha ou tijolos bem argamassados no pequeno paiol e corpo da guarda construídos na gola revelim da Fonte da Vila; 16 fev. - carta de Manuel de Brito Mouzinho sugerindo que, para a boa defesa da Praça e arranjo da guarnição, se mandasse construir algumas casamatas em continuação das 2 casernas das Portas do Sol, o que não seria de grande despesa se nela se aplicasse a pedra da torre de Lapela, situada a légua e meia; 1815 - as Portas de Monção estavam fechadas devido à adaptação do túnel a caserna; 7 nov. - uma Comissão das Fortificações, constituída pelos Tenente-General Matias José Dias Azedo (Presidente), Brigadeiro Eng. Carlos Frederico de Paula e Major Eng. José Maria das Neves Costa, reúne em Lisboa para análise das deficiências da Praça, dando-se prioridade à construção da cortina de São Francisco e às casernas das Portas do Sol, fazendo-as "praticáveis e úteis"; construção do tenalhão de São Francisco; 1817, 25 mar. - o General Azedo é informado da autorização real para o início das obras; 18 out. - o Tenente General Dias Azedo apresenta o orçamento das obras das portas e barreiras que a fortaleza precisava, referindo-se à falta de meios para apressar a construção do revestimento da muralha da cortina de São Francisco, onde faltava fazer 600 braças de alvenaria, estando já construído 1660 além da travação, e conserto do antigo revestimento dos dois flancos correspondentes; 1820 - regulamento especial devido aos abusos praticados, determinando, entre outras coisas: ser proibido lavrar, semear ou plantar sobre terraplenos, parapeitos, rampas, fossos, obras exteriores, estrada coberta, explanada e restante recinto da fortaleza; ser proibido a pastagem nos mesmos locais de carneiros, cabras, ovelhas, porcos ou outros animais que as danifiquem; foi concedido aos Governadores o arbítrio das "ervagens" que espontaneamente nascerem nos fossos e explanadas; era proibido construir no interior ou exterior qualquer barraca, casa ou muro que embaraçasse ou prejudicasse a defesa das obras; devia-se evitar dentro do possível a "comunicação" pelos terraplenos e que se fechem as rampas ou entradas que lhes davam acesso com estacadas ou barreiras, de modo a só ali transitarem pessoas a pé; 1821, 6 nov. - o Rei manda que o brigadeiro Intendente das Obras Militares faça aprontar e pôr à disposição do oficial Eng. Director das Obras de Fortificação da Praça os operários e materiais para consertar o armazém geral; a despesa orçava em 50$000; 1825 - ampliação da casa da guarda da prisão das Portas do Sol; 1828 - saída do regimento de infantaria 21 e instalação dos Caçadores 7; 13 a 22 jun. - cerco das tropas realistas comandadas pelo capitão-mor das milícias de Monção, António Pereira Álvares da Guerra; 1831 - estavam arruinadas as paliçadas da gola da Coroada; 1834, 31 mar. - ataque pelas forças liberais, comandadas pelo Almirante Napier, Visconde de São Vicente; 20 jun. - o Duque de Bragança, regente, dissolve o trem da Praça de Valença, dando-se providências sobre a construção das obras indispensáveis, ficando os objetos ali encontrados a cargo do respetivo Almoxarife; 1847 - José Vitorino Damásio, por ordem da Junta do Porto cerca Valença; 1897, 13 set. - decreto classificando a praça de Valença com fortificação de 2ª classe; 1909, nov. - alteração da demarcação da esplanada da praça; 1910 - envio de toda a artilharia para Lisboa; 1912 - incursão monárquica de Paiva Couceiro em Valença; 1916, 5 ago. - Câmara solicita alargamento e mudança de diretriz e rebaixamento do trecho da Av. do Cristelo e o ajardinamento entre o revelim das Portas do Sol e a muralha; 1918 - a Câmara pede autorização para obras de modificação e alargamento da Av. do Cristelo; para tal, cortou a ligação entre o baluarte da Esperança e o revelim das Portas do Sol e respetivas obras exteriores; jul. - arrendamento das portas do Sol para instalação de jardim (3$000); 1927 - saída da última guarnição militar; 1930, 30 jan. - Dec. nº 17.902 alterando os limites da esplanada e reduzindo a servidão militar da fortaleza; 1934- avaliação do paiol de Campo de Marte (49.000$00) e do dos Açougues (26.440$00); 1939, 1 jun. - carta da Administração Geral do Exército ao Diretor da Arma de Engenharia (3ª Repartição) perguntando se haveria inconveniente para o Ministério de Guerra da entrega do Paiol dos Açougues, então em ruína, e que havia servido de arrecadação de material de Guerra do 8º Grupo de Metralhadores; 14 set. - auto de entrega do Paiol dos Açougues ao Ministério das Finanças; 1940, 20 jun. - auto de entrega do Paiol do Campo de Marte ao Ministério das Finanças; 31 dez. - avaliação da Praça em 71.409$00, da Coroada em 50.845$00; 1941- Planta na Direção de Engenharia com marcação dos antigos quartéis do batalhão de Caçadores nº 7 e a cozinha do regimento localizados perpendicularmente junto ao Paiol do Campo de Marte; 1943, 16 nov. - auto de entrega da fortaleza ao Ministério das Finanças, compreendendo as superfícies: edifícios com 857.40 m2, terrenos com 73.370.23 m2, muralhas com 7.320.00 m2 e tendo o volume da pedra das muralhas 72.510 m3, estando em bom estado de conservação; 1946, 28 mar. - auto de cessão da casa do guarda do revelim da Gaviarra e paiol do revelim à Câmara para recolher o gado, observação e descanso antes do abate no matadouro; 1955- anulação da servidão militar da fortaleza;1958, 13 dez. - portaria publicada no DG, 1.ª série, n.º 290 fixa Zona Especial de Proteção das fortificações de Valença; 2000, 30 set. - as cidades de Valença e Tui apresentam à Unesco a sua campanha de candidatura conjunta a Património Cultural de Interesse para a Humanidade; 2004- aprovação da candidatura do "Plano Director das Fortalezas Transfronteiriças do Vale do Minho", no âmbito do Programa Interreg III; este pretende fazer a inventariação do património edificado, avaliar o seu estado de conservação, determinar as suas patologias e posteriormente determinar estratégias específicas de atuação, tendentes à valorização, divulgação e fruição dos espaços fortificados, bem como a criação de percursos culturais e turísticos entre as povoações das duas margens do rio Minho; elaboração de projeto de reabilitação da fortaleza pelo Arquiteto Souto Moura; 2005 - DGEMN alerta do risco de derrocada face à deficiente drenagem das águas pluviais e à "decrepitude" das redes de infraestruturas subterrâneas; 2006, dez. - ruína de um troço de muralha; 2007, 4 mar. - ruína de troço de 15 metros de muralha. (Ficha de Paula Noé-1992-2005); 2019, 18 dez. - apresentação e entrega do dossier de candidatura à nova inscrição como património UNESCO integrado no projeto Fortalezas Abaluartadas da Raia, integrando também Almeida, Marvão e Elvas; 2022, 5/6 jun. - roubo de uma peça de bater de bronze de D. João V, de 1740 (c.), que obrigou a retirar das muralhas as restantes; 2023, 15 abr. - construção no Paiol de Marte ou Paiol dos Açougues de um centro de interpretação onde são colocadas 4 das antiga bocas-de-fogo do Museu Militar de Lisboa, do reinado de D. Maria I (Lisboa, 1734-Rio de Janeiro, 1816), de de 1778, 1797 e 1801;