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Arquipelago de Origem:
Freguesia da Sé (Funchal)
Data da Peça:
1942-06-00
Data de Publicação:
17/08/2023
Autor:
Raul Lino
Chegada ao Arquipélago:
2023-08-17
Proprietário da Peça:
Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian
Proprietário da Imagem:
Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian
Autor da Imagem:
Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian
Pormenor dos motivos dos escudos do projeto do Fontanário Monumental do Largo do Município, Raul Lino, junho de 1942, Funchal, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Projeto para uma Fonte na Praça do Município.
    Pormenor dos motivos dos escudos.
    Desenho sobre papel, 75 x 68 cm.
    Raul Lino (1879-1974), junho de 1942.
    Espólio Raul Lino, Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, cota RLA 440.1.
    Largo do Município, Funchal, ilha da Madeira.

    Raul Lino da Silva (1879- 1974) fez os seus estudos em Inglaterra e na Alemanha, onde trabalhou no atelier de Karl Albrecht Haupt (1852-1932). De regresso a Portugal, projetou mais de 700 obras, tais como o Pavilhão Português na Exposição Universal de Paris em 1900, algumas vivendas de inspiração marroquina (1901), a Casa dos Patudos, para José Relvas (1904), a Casa do Cipreste, em Sintra (1912), o cinema Tivoli (1925), o Pavilhão do Brasil na Exposição do Mundo Português (1940) e a reformulação da Câmara Municipal do Funchal, em 1942, com o arquiteto Carlos Ramos (1897-1969), embora tal não conste da sua documentação, o Grémio das Frutas (1942) e, depois, a remodelação do Palácio de São Pedro (1952). Foi ainda, e muito especialmente, autor de numerosos textos teóricos sobre a problemática da arquitetura doméstica popular, como A casa portuguesa (1929), Casas portuguesas (1933) e L’évolution de l’architecture domestique au Portugal (1937). Projetou no Funchal a Vila Ema Perestrello, em plena Avenida do Infante, tal como outras que se não levantaram, como uma obra bem dentro dos cânones da Casa Portuguesa, tal como Lino a concebia, a tal que empregaria “em qualquer época, o ideal de uma moradia funchalense” (Lino, 1942, p. 43, Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian). Tem cobertura com beirado saliente dito à portuguesa, em telha de canudo, vãos guarnecidos de cantarias em “pedra mole”, paramentos caiados, onde nem falta o costumado alpendre, nem o tradicional azulejo. Enfim, estão lá, todos, os cinco, princípios base da Casa Portuguesa, idealizados por Lino anos antes. Na memória descritiva desta casa, refere que: é um “projecto de linhas sóbrias” e “isento de ornamentação ou qualquer extravagância inútil”, revela bem a sua persistente negação em utilizar materiais ou soluções além da “paleta” tradicional.