Image
Arquipelago de Origem:
São Roque (Funchal)
Data da Peça:
1607-00-00
Data de Publicação:
14/05/2021
Autor:
Simão Rodrigues (atr.)
Chegada ao Arquipélago:
2021-05-14
Proprietário da Peça:
Paróquia de São Roque do Funchal
Proprietário da Imagem:
DRC
Autor da Imagem:
DRC
Pormenor do retábulo da capela de Santana, óleo de Simão Rodrigues (atr.), 1607 (c.), folheto Capelas ao Luar, Sítio de Santana, São Roque, Funchal, ilha da Madeira.

Categorias
    Descrição
    Pormenor do retábulo da capela de Santana.
    Pintura a óleo sobre madeira da oficina do círculo de Simão Rodrigues (c.1560-1626) (atr.), 1607 (c.) e seguintes.
    Pub. Folheto da Capela de Santana, visita guiada por Francisco António Clode de Sousa e Filipe Bettencourt, 3 de maio de 2018: Capelas ao Luar, Direção de Serviço de Museus e Património Cultural, Direção Regional de Cultura, Madeira.
    Fotografia DRC de 2012.
    Sítio de Santana, São Roque, Funchal, ilha da Madeira.

    A capela de Santana, em São Roque, foi fundada em 1607 por Francisco Dias (c. 1575-1616), mercador, filho de Lopo Fernandes e de Ana Fernandes. Casou na Calheta com Maria de Araújo, a 4 de abril de 1595, e tiveram 3 filhos: António Dias de Araújo, Manuel Dias de Araújo e D. Ana, seguindo a administração da capela pelo mais velho. O fundador da capela faleceu a 9 de maio de 1616, na freguesia da Sé, e fez testamento, através do qual sabe-se que mandou edificar a capela na sua quinta da Água de Mel, cuja toponímia ainda subsiste. Mandou-se sepultar no convento de S. Francisco e não na sua capela, embora nela tenham sido realizados sepultamentos e casamentos.
    Na capela destacam-se o portal, de arco pleno executado em cantaria, a pia de água benta, em pedra, de estética epimanuelina, o sino com a gravação “MANOELL / ANTONIO / MARTINS / O. FES”, e o chão lajeado. Mas o grande testemunho artístico é o retábulo de talha dourada com duas pinturas a óleo sobre madeira, coevos da fundação da capela, da primeira década do século XVII. O retábulo de talha, branco e dourado, é de traça maneirista e de oficina nacional ou de entalhador regional com formação ou conhecimento das obras nacionais. Na parte central do retábulo está “Santa Ana, a Virgem e o Menino” e na parte superior “Anunciação a Santa Ana”, duas pinturas a óleo sobre madeira, atribuídas ao círculo do pintor português Simão Rodrigues (c.1560-1626) que estadeou em Roma, e integrou a geração dos pintores tardo-maneiristas ou da Contra-Maniera, sendo seu parceiro em muitas obras Domingos Vieira Serrão (c.1570-1632), pintor régio de Filipe III, com obra erudita e de influência italiana.