Pormenor do galeão português do tapete em calçada madeirense do adro da capela de São Pedro do Porto Santo.
28 de
Junho de 1955.
Campanha e reposição de 1955 com a
Barca de São Pedro na forma de galeão português.
Fotografia de Fábio Brito, por drone, 2021
Campo de Baixo, Porto Santo, Região Autónoma da Madeira.
Pub. in
Calçada Madeirense: Bordados a Preto e Branco, de João Baptista Pereira Silva, engenheiro geólogo, Celso Gomes, professor de Ciência Geológicas e de José Luís de Gouveia e Freitas, Funchal, Imprensa Académica, 2022, p. 324.
A capela de
São Pedro do Porto Santo deve ter tido reconstrução por 1700 (c.), podendo a imagem do Orago ser um pouco anterior anterior e de muito boa qualidade. O retábulo atual deve ser da oficina de Estêvão Teixeira de Nóbrega (1746-1833) (atr.) e datar de 1790 (c.). Teve anexa uma casa de romeiros, já não existente, mas de que restam vestígios num pequeno corpo anexo para nascente, ainda sendo objeto de romaria e procissão no dia de São Pedro, 29 de junho. O adro da capela foi objeto de intervenção para a festa do Orago de 1955, encontrando-se datada a intervenção de
28 de junho de 1955, tendo todo o conjunto ainda sido intervencionado em 2011, quando o adro foi gradeado e se fizeram instalações sanitárias em baixo, com entrada a poente.
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A Calçada Madeirense utiliza essencialmente pedra rolada, seixo e/ou calhau, e pedra navalheira, peculiaridades que a distinguem de qualquer outra Calçada”. É desta forma que os três autores deste trabalho científico, descrevem a obra que se debruça sobre um património cultural nunca descrito e explicado, como agora, ao público português e estrangeiro. Trata-se de um livro, em português e em inglês, apresentado a
24 de março de 2022 no salão nobre do Parlamento madeirense, de autoria dos investigadores João Baptista, engenheiro geólogo, Celso Gomes, professor de Ciência Geológicas e de José Luís de Gouveia e Freitas, matemático, falecido esta semana e cujo trabalho académico foi enaltecido na apresentação da obra ‘
Calçada Madeirense: Bordados a Preto e Branco'. “
A melhor homenagem que podemos prestar ao José Luís é precisamente que este livro tenha a maior divulgação possível, porque ele também é fruto do seu trabalho”, enfatizou então o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira.