Ponto de mira da serpentina ou bombarda miúda em ferro forjado oriunda da Borgonha (atr.), século XV, 1440 (c.), Museu Militar de Lisboa, Portugal.
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Descrição
Ponto de mira da serpentina em ferro forjado oriunda da Borgonha (atr.), século XV.
Bombarda miúda.
Ferro forjado, comp. total, 316 cm.; comp. da alma, 277 cm.; cal. 9 cm. Lançava pelouros de pedra com 690 grs.
Oficina da Borgonha (atr.), 1440 (c.)
Constituída por aduelas, reforçadas por 19 cintas, cujas juntas são cobertas por anéis. O tubo é aberto nas duas extremidades, tem um grosseiro ponto de mira e vestígios dos arganéus. Encontra-se num reparo de madeira construído para a sua exposição.
Falta-lhe o remate da câmara móvel que continha a carga de pólvora e que era adaptada à extremidade posterior e na qual se abria o ouvido.
Fotografia de Estela Marzia, 2013.
Caves manuelinas do Museu Militar de Lisboa ( MML 00009), Portugal.
Possivelmente, importada durante a regência de D. Pedro (1392-1449), entre 1439 e 1448, teria sido usada depois, sobretudo, a bordo de navios.
Serpentina – Também designada bombarda miúda, era uma peça de artilharia de ferro de retrocarga com câmara amovível, construída pela justaposição de barras de ferro forjado e consolidadas por aros de ferro colocados transversalmente ao longo da cana, daí lhe advindo a designação de serpentina. Em França um exemplar semelhante no Museu da Idade Média aparece com a designação de Canon Veuglaire.
MARZIA, Estela, Inventário da artilharia histórica dos séculos XIV a XVI do Museu Militar de Lisboa: bases para uma proposta de salvaguarda e valorização, relatório de estágio da Universidade de Évora, 2014, p. 31; RUBIN (1938-2023), Nuno Varela, Guia de Artilharia Histórica do Museu Militar, Museu Militar de Lisboa, Lisboa, 1979; e SANTOS (1935-2011), Nuno Valdez dos, A Artilharia de Outrora do Museu Militar de Lisboa, (Texto não editado, doado ao Museu Militar de Lisboa em 2011).