Piscina do Savoy Hotel, 1949 (c.), Funchal, ilha da Madeira.
Categorias
Descrição
201 - Savoy Bathing Pool, Foto Perestrellos.
Bilhete-postal da Foto Perestrellos de 1949 (c.).
Arquivo Regional da Madeira, ARM, COLPOS, nº 129.
Funchal, ilha da Madeira.
Pub. in Delegação de Turismo da Madeira (1936-1979). Quatro décadas ao serviço do turismo madeirense, catálogo com coordenação de Fátima Barros, textos de José Vieira Gomes, João Nuno Freitas e André Marote, revisão de Jorge Valdemar Guerra, sala de Exposição do Arquivo Regional da Madeira, junho de 2011, p. 11.
Muito próximo e para nascente da margem do Ribeiro Seco, pelas últimas décadas do séc. XX era construído o Royal Hotel, ainda dentro da tradição do turismo terapêutico, constituído por 2 corpos e uma torre central, sendo o 1º andar totalmente preenchido por uma varanda de repouso, que recorria a uma armação estrutural de ferro fundido. Edifício parece ter recorrido a uma anterior residência, sendo a entrada no 1º andar ladeada por 2 óculos de cantaria aparente dentro da tradição local. A entrada efetuava-se pela Rua Imperatriz D. Amélia e, nos seus jardins, contava também com um court de ténis. Entre dez. 1888 e dez. 1891, Gregório Luís de Sousa arrendara este prédio a Robert Cardwell pelo período de 3 anos, após conclusão das obras de reabitação do mesmo e que passou a ser o Hotel Imperial. Em finais de 1897, tem a denominação Quinta Vitória e no final ano seguinte passa para a designar-se Quinta Vitória Hotel. É nesta unidade hoteleira que fica alojado António Nobre (1867-1900) durante a sua estadia na Madeira, entre fev. 1898 e abr. 1899. Nesta altura era gerido por D. Carolina Sheffield, pelo que também era conhecido por Pensão Sheffield.
Em finais de 1901, passa a denominar-se Hotel Royal e, em 1912, D. Maria Bela Henriques de Sousa, viúva de Gregório Luís de Sousa, vende o prédio a José Dias do Nascimento (c. 1875-1934), passando a designar-se Savoy Hotel e que, em 1912, tinha de 24 quartos. Nos meados da década de 20 do séc. XX seria totalmente demolido, levantando no seu local uma enorme estrutura para a época, com uma fachada a Sul de 5 pisos e integrando ainda 2 torres de mais 2 pisos. Em 1928 abria assim com 220 camas, tendo o espaço até à Rua Imperatriz D. Amélia sido de novo ajardinado e em abril de 1935, entrava na Câmara Municipal do Funchal um novo projeto de ampliação, da autoria do arquiteto Edmundo Tavares (1892-1983), mas que não alterava significativamente o que estava construído e que se limitava à construção de um anexo para salão de jantar. Por 1933, entretanto, seria levantada uma estrutura sobre a arriba e com piscina junto mar, denominada Savoy Hotel Bathing Pool, mas também Lido Savoy Hotel, devendo assim também ter quartos e, naquele ano de 1933, somente designada por Pavilhão Marinho, sendo sucessivamente melhorada nos anos seguintes. Na década de 60, o edifício principal seria parcialmente demolido, construindo-se no mesmo local um dos maiores hotéis da cidade, que em 1970 abria com 750 camas. Foi demolido em 2011, mas acabando o novo mega projeto para o seu local ficar bastante tempo pelas fundações, só sendo inaugurado a 19 de julho de 2021. Em 2013, entretanto, um dos herdeiros do fundador e dos últimos gestores desta unidade hoteleira, o Dr. António Drummond Borges, editou uma coleção de memórias destes 3 emblemáticos hotéis madeirenses (Memória dos Savoy Hotéis, O Liberal, 2013).