Pastor a sair com rebanho de ovelhas em aldeia do interior.
Aguarela sobre papel, 19,5 x 26 cm.
João Alves de Sá (1878-1972), 1917.
Cabral Mocada Leilões, de 25 de fevereiro de 2019, Lote 86, avaliado entre 700 e 1.050 euros, vendida por 1.100 euros.
Lisboa, Portugal.
João Alves de Sá (1878-1972) era licenciado em Direito e visconde de Alves de Sá, tendo nas últimas décadas de vida se radicado no Algueirão. Aguarelista contemporâneo, foi discípulo de Manuel de Macedo (Manuel Maria de Macedo Pereira Coutinho Vasques da Cunha Portugal e Menezes, 1939-1915), dedicando-se também à cerâmica e, muito especialmente, à azulejaria, tendo dirigido essa secção na Fábrica
Viúva de Lamego. Foi galardoado com altas distinções como a medalha de honra em aguarela da Sociedade Nacional de Belas Artes e o 1º prémio
Roque Gameiro (1947), do Secretariado Nacional de Informação, tendo participado em inúmeras exposições e dirigido vários projetos como o do pavilhão de Portugal na feira internacional de
Sevilha, em 1929, várias estações de caminho-de-ferro, nas décadas de 30 e 40 e a ampliação da Câmara Municipal de Cascais, para cuja fachada elaborou os novos painéis de azulejos, 1969, tendo sido agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem Militar de Santiago da Espada, a 6 de abril de 1959. Trabalhou, entretanto, também para a Madeira, tendo a
Fábrica Viúva de Lamego sob a sua direção artística executado a empreitada de azulejos dos projetos do arquiteto Januário Godinho (1910-1990) para a remodelação da antiga Junta Geral e do Tribunal do Funchal, azulejos executados em 1962 e aplicados em 1963.