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Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
2019-00-00
Data de Publicação:
29/10/2022
Autor:
Luís Filipe Thomaz
Chegada ao Arquipélago:
2022-10-29
Proprietário da Peça:
Gradiva
Proprietário da Imagem:
Gradiva
Autor da Imagem:
Gradiva
O Drama de Magalhães e a volta ao mundo sem querer, Luís Filipe Thomaz, Lisboa, Gradiva, 2019, Portugal

Categorias
    Descrição
    Luís Filipe F. R. Thomaz, O Drama de Magalhães e a volta ao mundo sem querer,
    e Um Museu dos descobrimentos, Porque não?
    (1942-)
    Lisboa, Gradiva, 2019, Portugal.

    Luís Filipe Ferreira dos Reis Thomaz , nasceu em São Domingos de Rana, frequentando o Colégio Militar, onde se celebrizou por escrever em latim e em grego, tornando-se num estudioso poliglota, autor, tradutor e historiador especializado na expansão marítima de Portugal no Oriente. Tinha frequentado, entretanto, entre 1965 e 1988, a licenciatura em História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com uma interrupção para serviço militar em Timor, de cuja história se tornou um dos melhores especialistas. Terminou a licenciatura em Lisboa com a tese sobre Os Portugueses em Malaca (1511-1580) , tornando-se professor auxiliar e dando aulas no Centro de Apoio do Funchal da mesma Faculdade, frequentando depois várias instituições em Paris, que o habilitaram em diversas línguas orientais. Fala, assim, para além da sua língua materna, as europeias mais correntes, como o inglês, castelhano, francês, romeno, grego moderno e italiano, mas também malaio-indonésio e tétum (língua timorense), tendo ainda bons conhecimentos em latim, grego clássico, sânscrito, siríaco, ge'ez (litúrgico etíope) e javanês, bem como o básico de holandês, amárico (etíope moderno), chinês (mandarim e cantonês), konkanim (Goa ), persa moderno e árabe literal.
    O historiador português Luís Filipe Thomaz escreveu “O Drama de Magalhães e a volta ao mundo sem querer” – vencedor do Prémio PEN Club Português de 2019 para a categoria de Ensaio – com o objetivo de desmontar um dos grandes mitos sobre as explorações portuguesas e europeias dos séculos XV e XVI. E é logo no primeiro parágrafo que Thomaz apresenta a sua tese: “É evidente que Magalhães nunca pensou em dar a volta ao mundo”. Ora num momento em que a humanidade celebra os 500 anos da primeira viagem de circum-navegação do globo (1519-1522) realizada pelo mais famoso navegador de todos os tempos (e que em França acaba de começar a célebre Vendée Globe, a volta ao mundo solitária em veleiro) a editora francesa Le Poisson Volant faz chegar às livrarias do Hexágono, em versão aumentada e revista, a tradução desse pequeno, mas precioso ensaio. «Le Drame de Magellan ou le tour du monde involontaire» é então um destruidor de mitos muito necessário. O principal objetivo da viagem que Fernão de Magalhães realizou ao serviço de Espanha foi geopolítico e destinava-se a provar que as ilhas Molucas – na atual Indonésia – se encontravam do lado espanhol do Tratado de Tordesilhas (1494). Como em tantos outros momentos históricos, a ciência submeteu-se aos caprichos da política.