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Arquipelago de Origem:
Freguesia da Sé (Funchal)
Data da Peça:
1938-03-16
Data de Publicação:
30/08/2023
Autor:
Rosa
Chegada ao Arquipélago:
2023-08-30
Proprietário da Peça:
Biblioteca Municipal do Funchal
Proprietário da Imagem:
BMF/Rui Carita/Virgílio Gomes
Autor da Imagem:
Rosa e outros
O dobrar da esquina para a abertura da Avenida Zarco para norte, Re-Nhau-Nhau, nº 277, Ano VIII, Funchal, 16 de março de 1938, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Quina ou não quina, eis a questão ... da esquina!
    Zarco, Dr. João Abel de Freitas (1893-1948) e a abertura da Avenida Zarco para norte, com o dobrar da esquina.
    O Gonçalves Zarco (estrambólico e fecundo para o Dr. João Abel ): Leixai-los lá Joam, Leixá-los! Si Ioanes Cabral aldrabar a "Domus Generalis" em quina, apela cá pra'o rapaz, que eu lá botarei abaixo com esta durindana mea.
    Dr. João Abel: Obrigado, Gonçalves.
    Questão com o Dr. João Cabral do Nascimento (1897-1978), que se opunha à demolição da porta da antiga Escola Médico-Cirurgica do Funchal.
    Pub. Re-Nhau-Nhau, nº 277, Ano VIII, caricatura de Rosa, direção de Gonçalves Preto (1907-1971) e edição de João Miguel, Funchal, 16 de março de 1938.
    Exemplar da Biblioteca Municipal do Funchal, ilha da Madeira.

    João Abel de Freitas (Funchal, 27 maio 1893; idem, 10 set. 1948) era filho de José de Freitas e Maria Júlia de Jesus Freitas, foi uma das figuras incontornáveis política madeirense dos meados do século XX. Licenciado em Medicina pela Escola Médica de Lisboa, em pediatria, veio ainda a especializar-se em França em urologia, vindo a entrar para o serviço de cirurgia do Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Funchal, em 1927. Ligado à política desde muito novo, começou por administrador do concelho do Porto Moniz em 1912, tendo percorrido todos os lugares de nomeação do Estado Novo, acabando por falecer como governador civil do Funchal, no palácio de São Lourenço.
    João Cabral do Nascimento (Funchal, 22 mar. 1897; Lisboa, 2 mar. 1978). Filho de João Crawford do Nascimento e de D. Palmira Alice de Meneses Cabral, foi poeta, colaborador de importantes jornais e revistas da sua época, investigador da história dos princípios do povoamento das ilhas da Madeira e dos Açores, tal como também professor. Frequentou a Faculdade de Direito de Lisboa e de Coimbra (1915; 1922) e ainda estudante, foi um dos fundadores da revista Ícaro (1919-1920) e redator no jornal Restauração (1922), ligado ao movimento integralista de António Sardinha (1888-1925). Em 1923, já no Funchal, onde se casara com Maria Franco (1908-1975), sobrinha de Henrique (1883-1961) e Francisco Franco (1885-1955), lecionou na Escola Industrial e Comercial e, em 1931, dirigiu a revista Arquivo Histórico da Madeira e assumiu a montagem do Arquivo Distrital do Funchal, de cuja revista foi diretor até 1954. Em 1937, entretanto, fixara residência em Lisboa e lecionou nas escolas Ferreira Borges e Veiga Beirão até se aposentar, em 1958. Muitas vezes sob o pseudónimo Mário Gonçalves, e outros, traduziu para português vários nomes importantes da literatura inglesa, norte-americana e francesa.