Nuno Lomelino Silva, 1940 (c.), Funchal, ilha da Madeira.
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Descrição
Nuno Lomelino Silva
(1892-1967).
Fotografia de 1940 (c.).
Pub. Paulo Miguel Rodrigues, in Teatro Municipal de Baltazar Dias, Funchal, Imprensa Académica, abril de 2019, p. 273.
Funchal, ilha da Madeira.
Nuno Estêvão Lomelino da Silva (Funchal, 26 dez. 1892-Lisboa, 11 nov. 1967); oficial do Exército, vem a ser incentivado pelo ambiente musical do Funchal da década de 20 a abandonar o Exército e ir estudar para Itália. A sua primeira apresentação em Itália foi no Teatro Dal Verne, em Milão, em 31 de dezembro de 1921, a que se sucedeu uma espantosa carreira internacional e sendo contratado pela Metropolitan Opera Company de Filadélfia, atuando pelos mais famosos teatros de ópera das América e da Europa. Veio à Madeira atuar várias vezes, a última, a solo, em 1949 e, com a pianista Lizetta Zarone, em 1952, ambas depois de se ter despedido dos palcos em Lisboa, em fevereiro de 1949, no Cinema Tivoli. A primeira vez que pisou o palco, então como sargento miliciano da artilharia Nuno Lomelino Silva, depois o Caruso Português, foi na opereta regional Primeiros Afetos, em julho de 1917, original do capitão Artur Alberto Sarmento (1878-1953) e com música do alferes Manuel Ribeiro (1884-1949). Integrava-se numa festa militar, sendo executada por um grupo de sargentos e equiparados da Guarnição da Madeira, e pessoas das suas famílias, em benefício da Associação Fraternidade Militar, tendo sido ensaiada pelo major José Calixto Ferreira (1848-1928) na parte dramática e, os coros e motivos musicados, pelo então tenente Edmundo Lomelino (1886-1962). A opereta foi quatro vezes à cena, sendo a última a pedido da colónia estrangeira que tomou a casa por sua conta.