Notícia de que Aires de Ornelas tinha sido indigitado para governador de Lourenço Marques, em Moçambique, Diário de Notícias do Funchal, 10 de março de 1903, ilha da Madeira
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Governador do Ultramar.
Notícia de que D. Aires de Ornelas (1866-1930) tinha sido indigitado para governador de Lourenço Marques, em Moçambique.
Segunda vigência de José Ribeiro da Cunha (II) (1854-1915) como governador civil do Funchal.
Diário de Notícias, direção de Tristão Vaz Teixeira de Bettencourt da Câmara (1848-1903), Barão do Jardim do Mar (25 abr. 1896), Funchal, 10 de março de 1903, p. 2, ilha da Madeira.
Aires de Ornelas e Vasconcelos (Camacha, 5 mar. 1866; Lisboa, 14 dez. 1930) era filho do morgado Agostinho de Ornelas e Vasconcelos e D. Maria Joaquina Saldanha da Gama, tendo casado com D. Maria de Jesus de Sousa e Holstein e sido oficial do Exército nas campanhas coloniais, em Moçambique, onde fora chefe-de-estado-maior de Mouzinho de Albuquerque (1955-1902). Tendo entrado para a camara alta das Cortes, em 1901, em 1905 passava a governador de Lourenço Marques e, depois, a ministro da Marinha e Colónias, organizando a viagem de instrução do príncipe real D. Luís Filipe (1887-1908) às colónias em 1907. Com a implantação da República pediu a exoneração do Exército, passando a residir no estrangeiro, mas mesmo assim ainda representou a Madeira como deputado nas eleições de 1919, na República Nova e depois de se envolver pessoalmente na Revolta de Monsanto do ano anterior, para reimplantar a Monarquia. Passou depois a lugar-tenente do rei D. Manuel II (1889-1932) e, residindo pontualmente na Camacha, organizou a Cruzada de Nuno Álvares e, em 1927, veio a levantar o monumento ao Sagrado Coração de Jesus com Cristo-Rei, na Ponta do Garajau, inaugurado a 30 out. 1927 com uma segurança dos escuteiros de Portugal.