Nota biográfica de José Teodoro Correia, Luís Marino, Funchal, 1990 (c.), ilha da Madeira
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Nota biográfica de José Teodoro Correia,
(1890-1955)
Luís Marino, Funchal, 1990 (c.) (espólio do ARM, LMR/A/01/97, 11-17, p. 95)
José Teodoro Correia (1890-1955) nasceu na freguesia da Sé, no Funchal, a 20 de janeiro de 1890 e faleceu a 8 de junho de 1955, também no Funchal. Era filho de José António Correia e de D. Augusta Baptista de Freitas Correia. Casou com D. Hermengarda Vieira Pinto Correia, de quem teve três filhos: Carlos Alberto Correia, funcionário do Banco Blandy Brothers, que casou com D. Maria da Graça Sales Fernandes Correia, António Virgílio de Abreu Correia e Fernando José Vieira Pinto Correia, casado com D. Lígia Brazão Rodrigues Correia. Frequentou o Liceu do Funchal, onde se formou, e depois tornou-se funcionário das Finanças, mais concretamente segundo-oficial, chefe da secção na Direção de Finanças do Funchal. Foi funcionário público, poeta e jornalista, sendo mais conhecido por Teodoro Correia.
Como jornalista, escreveu sobre assuntos de carácter social e literário. Colaborou, como redator, no extinto Diário da Madeira durante cerca de 30 anos. Cooperou também com outros jornais e revistas, tais como: Diário de Notícias, Primeiro de Dezembro, Heraldo da Madeira, Comércio do Funchal, Eco do Funchal, Almanaque Bertrand ou Ilustração Madeirense. Foi novelista reconhecido pela sua excelência e poeta lírico admirado. As suas poesias, de sabor clássico e de que são exemplos os poemas “Terra Mater” e “Em Louvor das Coisas Pequeninas”, possuem harmonia, inspiração e sentimento. É autor de Nimbos: Versos de Teodoro Correia, publicado na Madeira pela Typografia Diário da Madeira em 1932, encontrando-se um exemplar na Biblioteca Municipal do Funchal (BMF); Miragens, sem editor, obra publicada no Funchal em 1938 e que se encontra igualmente na BMF; Rosas do Meu Canteiro: Versos, publicada pela Tipographia do Comércio do Funchal em 1942, podendo igualmente ser encontrada na BMF; Ciclo das Caravelas: Poemeto, saída em edição do autor, no Funchal, em 1966, e que está guardada no Arquivo Histórico da Madeira; e de uma obra ainda inédita: Arroio. Usou ainda o pseudónimo de João Mistério. Segundo citação de um biógrafo seu, referido no Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses: Sécs. XIX e XX, de Luiz Peter Clode (que não identifica o autor), “Teodoro Correia foi um poeta de finíssima inspiração. Desde os bancos do liceu que se dedicava às musas, espalhando os seus poemas pelos jornais literários de então” (CLODE, 1983, 131-132). Foi premiado em vários jogos florais na Madeira e no continente.
Obras de José Teodoro Correia: Nimbos: Versos de Teodoro Correia (1932); Miragens (1938); Rosas do Meu Canteiro: Versos (1942); Ciclo das Caravelas: Poemeto (1966).
Bibliog.: ANDRADE, Adriano da Guerra, Dicionário de Pseudónimos e Iniciais de Escritores Portugueses, Lisboa, Biblioteca Nacional, 1999; CLODE, Luís Peter, Registo Bio-Bibliográfico de Madeirenses: Sécs. XIX e XX, Funchal, Caixa Económica do Funchal, 1983; MARINO, Luís, Musa Insular: Poetas da Madeira, Funchal, Editorial Eco do Funchal, 1959; VIEIRA, Gilda França e FREITAS, António Aragão de, Madeira – Investigação Bibliográfica (Catálogo Onomástico), vol. I, Funchal, DRAC e Centro de Apoio de Ciências Históricas, 1981.
António José Borges DEM 3