No Palácio de Belém, cumprimentos dos representantes dos chefes de distrito ao reeleito marechal Óscar Carmona, Diário de Notícias, Funchal, 14 de março de 1949, ilha da Madeira.
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Descrição
No Palácio de Belém, cumprimentos dos governadores civis de Lisboa e do Funchal, representantes dos chefes de distrito, ao reeleito marechal Óscar Carmona
(1869-1951)
Governador civil coronel Lobo da Costa (1882-1963)
Diário de Notícias, Funchal, 14 de março de 1949, p. 1, ilha da Madeira.
António Óscar de Fragoso Carmona (Lisboa, 1869; idem, 18 abr. 1951). Filho do general Inácio Maria Machado de Morais Carmona e de Maria Inês de Fragoso Corte-Real, frequentou o Colégio Militar (1882-1888) e a Escola do Exército (1889-1892). Homem de secretaria, mas de muito boa educação, cauteloso e inteligente, soube adaptar-se às complexas situações políticas do seu tempo, sendo a figura representativa, cautelar e tutelar do Estado Novo de Salazar. A sua capacidade de adaptação levou-o a ter conseguido manter a presidência da República por mais de um quarto de século, o mais longo período da História Portuguesa.
Artur Leal Lobo da Costa (1882-1963). Natural de Coimbra, filho de José Leal da Costa e de Maria Carolina Lobo da Costa, fez carreira como oficial do Exército, frequentando a Escola de Guerra e tendo comandado várias unidades militares em Coimbra e em Lisboa, ocupando os lugares de governador civil de Leiria, de Coimbra e do Porto. Foi ainda deputado da I Legislatura da Assembleia Nacional, em 1935, renunciando ao mandato em 1937, para ocupar as funções de Governador Civil de Lisboa, lugar que ocupou entre 1937 e 1944. Em 1947, entretanto, desvincula-se da União Nacional, mas um ano depois aceitou o lugar de governador civil do Funchal para apoiar a eleição do Marechal Carmona ao 2.º mandato como Presidente da República. Tomou posse do lugar do Funchal a 25 de dezembro de 1948, organizando as eleições de fevereiro seguinte, seguindo logo a 16 desse mês para Lisboa, onde desenvolveu uma interessante atividade em prol da Madeira, conseguindo desbloquear uma série de assuntos sucessivamente adiados, na área dos reabastecimentos, do fornecimento de óleos à navegação, da construção do aeródromo da Madeira, do prolongamento do molhe da Pontinha e da nacionalização do fornecimento da energia elétrica. Ainda regressou ao Funchal, mas como já tinha acordado em Lisboa, conseguia a sua exoneração, seguindo para o continente a 26 de maio desse ano, retirando-se da vida pública e política.