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Arquipelago de Origem:
Camacha
Data da Peça:
1924-00-00 00:00:00
Data de Publicação:
20140628
Autor:
Não identificado
Chegada ao Arquipélago:
2004-06-28 00:00:00
Proprietário da Peça:
Irmandade de N.ª S.ª das Vitórias
Proprietário da Imagem:
Ricardo Andrade
Autor da Imagem:
Ricardo Andrade
Nicho da capela de São José, 1924 e 1930 (c.), Camacha, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Nicho da fachada.
    Capela de São José, 1924.
    Fotografia de Ricardo Jorge Pestana Andrade, 2004
    Largo da Achada da Camacha, ilha da Madeira.

    Capela-escola fundada pelo jovem Abel Ferreira de Nóbrega (1904-1924), com o apoio dos pais, Alfredo Ferreira de Nóbrega e de Josefina Iria de Nóbrega, assim como da família do conselheiro Aires de Ornelas, como D. Joaquina Saldanha da Gama, D. Maria de Jesus Sousa Holtein e D. Luiza de Ornelas Tomaszswsky, entre outras pessoas. A obra insere-se na campanha da Cruzada Nacional Nuno Álvares Pereira e no Integralismo Lusitano, tendo Nuno Alvares Pereira sido beatificado pela Igreja Católica, em 23 de Janeiro de 1918, embora o mesmo movimento não conhecesse o total apoio de Aires de Ornelas (cf. trabalho de Justino Rodrigues, Abel Ferreira de Nóbrega e a Capela de S. José, Escola Nuno Alvares Pereira, Camacha, 1920 - 1980, Mestrado em Estudos Regionais e Locais, Universidade da Madeira, 2009 e 2010.
    Aires de Ornelas e Vasconcelos (Camacha, 5 Mar. 1866; Lisboa, 14 Dez. 1930) era filho do morgado Agostinho de Ornelas e Vasconcelos e D. Maria Joaquina Saldanha da Gama, tendo casado com D. Maria de Jesus de Sousa e Holstein e sido oficial do Exército nas campanhas coloniais, em Moçambique, onde fora chefe-de-estado-maior de Mouzinho de Albuquerque (1955-1902). Tendo entrado para a camara alta das Cortes, em 1901, em 1905 passava a governador de Lourenço Marques e, depois, a ministro da Marinha e Colónias, organizando a viagem de instrução do príncipe real D. Luís Filipe (1887-1908) às colónias em 1907. Com a implantação da República pediu a exoneração do Exército, passando a residir no estrangeiro, mas mesmo assim ainda representou a Madeira como deputado nas eleições de 1919, na República Nova e depois de se envolver pessoalmente na Revolta de Monsanto do ano anterior, para reimplantar a Monarquia. Passou depois a lugar-tenente do rei D. Manuel II (1889-1932) e, residindo pontualmente na Camacha, organizou a Cruzada de Nuno Álvares e, em 1927, veio a levantar o monumento ao Sagrado Coração de Jesus com Cristo-Rei, na Ponta do Garajau, inaugurado a 30 out. 1927 com uma segurança dos escuteiros de Portugal.