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Arquipelago de Origem:
Calheta (Madeira)
Data da Peça:
1502-00-00
Data de Publicação:
17/06/2022
Autor:
Vários
Chegada ao Arquipélago:
2022-06-17
Proprietário da Peça:
Paróquia do Espírito Santo da Calheta
Proprietário da Imagem:
José Júlio
Autor da Imagem:
José Júlio
Nave da matriz da Calheta, campanha de 1502 (c.) e seguintes, igreja matriz do Espírito Santo da Calheta, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Nave da matriz da Calheta.
    Campanha inicial de 1502 (c.).
    Ampliação de Jerónimo Jorge, 1609.
    Fotografia de José Júlio, 9 de abril de 2022.
    Igreja matriz do Espírito Santo da Calheta, ilha da Madeira.

    Cronologia
    Séc. 15, finais - Inicio da construção; 1502 c.: portais exteriores, quando da elevação da Calheta a vila ?; 1525 a 1529; execução das tábuas do inicial retábulo pela oficina de Jan Provoost; 1607 a 1609 - reconstrução pelo mestre das obras reais Jerónimo Jorge; 1611 - data da naveta de prata; 1639 - data do púlpito; 1660 c.: execução da capela do Santíssimo, com tela de Martim Conrado, retábulo de Manuel Pereira e importante sacrário de prata e grade; 1699 - data num dos arcos da nave; 1770 c. - levantamento do actual retábulo-mor; 1770 a 1790 - execução do cadeiral dos Irmãos; 1920 c.: colocação dos painéis de azulejos na capela-mor; 1954 - arranjo do empedrado do adro.
    Autores
    Pintores Jan Provoost e Martim Conrado; mestre das obras reais Jerónimo Jorge.
    Tipologia
    Arquitectura religiosa, manuelina e maneirista. Igreja manuelina de planta longitudinal adaptada na época maneirista a três naves, com fachada principal terminada em empena e interior da nave central e da capela-mor com tecto mudéjar, capela do Santíssimo com retábulo e tecto de caixotões maneiristas e retábulo-mor barroco.
    Características Particulares
    Igreja manuelina ampliada e decorativamente reformulada no séc. 17, em estilo maneirista, conseguindo em grande parte conciliar os dois estilos. Apesar de planimetricamente ter 3 naves, consegue manter o corte visual entre elas, como se apenas uma se tratasse, visto ter mantido os panos de muro, que rasgou esporadicamente por arcos plenos arquitravados, um deles conservando a decoração maneirista. O tecto mudéjar da capela-mor, sobre trompas de ângulo articula-se com o da nave, com tirantes assentes em elaborados cachorros. O tecto da Capela do Santíssimo, de caixotões maneiristas em pedra lavrada, é de muita boa qualidade. Os retábulos colaterais são barrocos, de estilo joanino e o mor é rococó. De destacar ainda a pia de água benta renascentista com decoração simples; o sacrário de ébano folheado a prata, formado por três corpos sobrepostos de excepcional qualidade de cinzelagem; e o cadeiral colocado a meia altura da nave central para os irmãos da confraria do Santíssimo, semelhante a outros da Ilha, de 1770 a 1790.