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Arquipelago de Origem:
Santarém
Data da Peça:
1635-00-00
Data de Publicação:
Autor:
Oficina de Lisboa
Chegada ao Arquipélago:
2024-02-12
Proprietário da Peça:
Paróquia de Nossa Senhora de Marvila de Santarém
Proprietário da Imagem:
Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian
Autor da Imagem:
Luís Pavão/Gulbenkian
Nave da igreja de Santa Maria de Marvila, com um padrão de 144 azulejos, 1635 a 1639, Santarém, Portugal.

Categorias
    Descrição
    Azulejos de tapete do padrão Marvila
    Azulejos de oficina de Lisboa, 1635 e 1639.
    Revestimento azulejar de parede de padrão, que passou a designar-se Marvila (produzido entre 1622-1674), foi o maior padrão alguma vez produzido, de 144 azulejos diferentes, em padrão 12 x 12; na base ainda apresenta padrões geralmente designados de Santa Clara, dado terem sido aplicados em vários conventos de clarissas, como em Santa Clara do Funchal ou em Santa Clara do Porto.
    Fotografia de Luís Pavão (1954-), 1990 (c.), Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian
    Nave da igreja de Santa Maria de Marvila, Santarém, Portugal.

    A data do enxaquetado sobre o arco triunfal é de 1617, do absíolo, 1620, mas os tapetes das paredes das naves são datados de 1635 e 1639, no alto da nave central. Esta igreja resulta da refundação da antiga mesquita da Medina islâmica de Santarém, tendo passado em 1159 à posse da Ordem dos Templários. A evocação era de Santa Maria a que foi acrescentada a de Marvila, ou das Maravilhas, face a uma imagem que teria sido oferecida por São Bernardo, no século XII, entretanto desaparecida. A intervenção mais marcante ocorreu nos inícios do século XVI, sob o patrocínio do vice-rei da Índia D. Francisco de Almeida (c. 1450-1510), campanha concluída em 1530. Voltou a ter obras pouco depois, talvez na sequência do terramoto de 1531, data provável dos arcos das naves, ainda tendo obras nos inícios do século XVII, como atesta a colocação dos azulejos, que a projetam como dos melhores conjuntos existentes em Portugal.