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Arquipelago de Origem:
Tshokwe
Data da Peça:
1960-00-00
Data de Publicação:
10/06/2025
Autor:
Escultor Chokwe
Chegada ao Arquipélago:
2025-06-10
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Zemanek Münster 2017
Autor da Imagem:
Zemanek Münster 2017
Muquixi ou Mukixi Chokwe com máscara Cihongo do leilão Zemanek-Münster de março de 2016, trabalho de 1960 (c.), Leste de Angola ou República Democrática do Congo.

Categorias
    Descrição
    Muquixi ou Mukixi Chokwe com máscara Cihongo.
    Mask dancer "cikunza", D. R. Congo, Chokwe.
    Madeira entalhada e patinada,  27,5 cm.
    Escultor Chokwe, 1960 (c.), Leste de Angola ou República Democrática do Congo.
    Parece trabalho de um possível principiante da escola do Museu do Dundo.
    Fotografia de 4 de janeiro de 2017.
    Leilão Zemanek-Münster, 85h Tribal Art Auction, 4 de março de 2017, lote 359, vendido por 400 euros, Munique, Alemanha.

    Wood, rich reddish brown patina, black paint, carved with circle and grooved ornaments, slightly dam., abrasion of paint, base; “cikunza” is the master of the “mukanda” initiation society. He embodies both religious beliefs and chiefly power and is associated with notions of virility and fertility. Such figures may have been placed on the path to the initiates’ camp..
    A máscara Cihongo e não a Cikunza acima referida, é a representação dos antepassados tchokwe sendo ornamentada com a representação das tatuagens tradicionais.
    Os Chokwe, beneficiando do comércio de marfim, borracha, cera e escravos africanos, emergiram ao longo do século XIX na savana da atual República Democrática do Congo e Angola tornando-se parceiros comerciais ativos com os comerciantes da Europa e do Novo Mundo. Como importantes governantes regionais, o seu prestígio e poder reflete-se na arte que encomendavam para as suas cortes, como as esculturas dos seus antepassados, as cadeiras em que se sentavam para receber os comerciantes europeus, ou as máscaras para os seus ritos de passagem, onde se definia a coesão social. O ancestral dos Chokwe é o herói cultural Chibinda Ilunga, lendário caçador, em princípio, Luba e que tendo casado com a rainha Lunda Lueji A'Nkonde (c. 1635- c. 1670), deram origem ao reino Chokwe, que se separa assim do velho reino Lunda. A sua história em Angola foi levantada pelo general Henrique Augusto Dias de Carvalho (1843-1909), Expedição portuguesa ao Muatian vua (1884-1888). Ethnographia e historia tradicional dos povos da Lunda, 1890, mas a divulgação da sua escultura ficou a dever-se, especialmente, à investigadora Marie-Louise Bastin (1918-2000), La Sculpture Tshokwe, Paris, Alain et Françoise Chaffin, 1982. Este trabalho nasceu da constituição do Museu do Dundo, a partir de 1936, na sede da então Companhia de Diamantes de Angola (Diamang), que convidou esta investigadora da Universidade Livre de Bruxelas e colaboradora do Musée Royal de l'Afrique Central, geralmente designado como Museu de Tervuren, a partir de 1961, a permanecer algum tempo naquele museu. Veio assim a nascer o reconhecimento internacional da Arte Chokwe como uma das mais refinadas escolas de escultura subsarianas e, quase em paralelo com a corte do Benim, atingindo as suas peças os mais altos preços nos mercados internacionais de arte.