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Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
1943-00-00
Data de Publicação:
20/01/2025
Autor:
Manuel Lapa
Chegada ao Arquipélago:
2025-01-20
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Privado
Autor da Imagem:
Privado
Mocidade e Legião Portuguesa, Manuel Lapa, 1943, Lisboa, Portugal

Categorias
    Descrição
    Mocidade e Legião Portuguesa
    Cartaz de Manuel Lapa (1914-1976), 1943.
    Manuel Francisco de Almeida e Vasconcellos era filho de Manuel das Misericórdias de Mello e Castro de Almeida e Vasconcelos (1885-1942), 3.º conde e 4.º visconde da Lapa, embora o filho nunca se tenha encartado como tal.
    In História de Portugal para meninos preguiçosos, Olavo D'Eça Leal (1908-1976), ilustrações de Manuel Lapa, Livraria Tavares Martins, 1943.
    Imagem restaurada por Jorge Silva, in almanaque silva, 2012
    Lisboa, Portugal

    A Mocidade e Legião Portuguesa nasceram da inquietante perspetiva de uma Espanha comunista em resultado da Guerra Civil e, também, o fascínio da direita extremista portuguesa pelas ditaduras italiana e alemã que forçaram Salazar (1889-1970) à criação de organizações paramilitares como estas de 1936. Esta primeira decidia-se a moldar os infantes portugueses aos valores nacionais e combater o internacionalismo bolchevista. Tratava-se de saturar a cabeça de doutrina e o corpo de exercício, até para evitar os malefícios do onanismo (práticas genésicas, como se dizia na altura). Avesso a extremismos, o ditador controla como pode estas problemáticas organizações, nomeando chefias da sua confiança. A primeira era uma milícia (infantil) e juvenil de filiação obrigatória para os estudantes de ambos os sexos, que dava preparação militar e organizava atividades desporti­vas e culturais, conciliando algumas fac­etas interessantes do escutismo com a doutrinação política e religiosa. A segunda era também uma instituição paramilitar, destinada à população civil. Um dos principais doutrinadores da MP, e mais tarde seu 2.º comissário geral, Marcello Caetano (1906-1980), viria a ser o delfim e sucessor de Salazar. Em 1937, nascia também a Mocidade Portuguesa Feminina, “sentinelas da alma de Portugal”, que enquadraria as suas filiadas no seio do lar e da família, oportuna retaguarda dos valorosos guerreiros da congénere masculina. A farda das MPs era peça fundamental na disciplina coletiva e na encenação de desfiles e paradas. As MPs dividiam-se em Lusitos/Lusitas, Infantes, Vanguardistas e Cadetes/Lusas, em categorias dos 7 aos 25 anos, cada uma com farda própria. A representação gráfica das MPs foi evoluindo ao sabor do seu papel político e social e do grafismo dos ilustradores de várias gerações.