Missa em São Lourenço com o almirante Américo Thomaz e D. Gertrudes, 1969, Funchal, ilha da Madeira.
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Descrição
Missa em São Lourenço.
Por altura da visita do almirante Américo Thomaz, Agosto de 1969.
Foto Moderna, colecção Diário de Notícias do Funchal.
Antiga Exposição Permanente em São Lourenço, n.º 56.
Américo de Deus Rodrigues Thomaz (Lisboa, 19 Nov. 1894; Cascais, 19 Set. 1987). Ingressando na Escola Naval em 1914, logo após a entrada de Portugal na I Guerra Mundial, foi colocado na Escola de Torpedos, sendo mobilizado, pouco depois, para escoltar os comboios marítimos que se dirigiam ao norte de França e a Inglaterra e, em Outubro de 1919, entra para os Serviços Hidrográficos do Ministério da Marinha. Em 1940, acumulando com a chefia do gabinete do Ministro da Marinha, preside a Junta Nacional da Marinha Mercante. Ministro da Marinha desde Set. 1944, Américo Tomás, fruto da sua enorme experiência em questões marítimas e piscatórias, promulga diplomas fundamentais para a renovação e expansão da Marinha Mercante. Em 1950, não tendo sido informado da profunda remodelação governamental, demonstra o seu desacordo para com as alterações propostas e coloca o seu lugar à disposição. Perante a sua decisão, o Presidente do Conselho recua e Américo Tomás aceita permanecer no cargo. Nessa sequência, seria o candidato do Estado Novo para defrontar o general Humberto Delgado nas eleições de 1958 e, alteradas as condições da eleição presidencial, seria sucessivamente reeleito em 1965 e 1972. Durante os cerca de 16 anos na Presidência da República, destacam-se dois momentos em que a sua intervenção é decisiva: a Abrilada de 1961, quando um grupo de oficiais liderado pelo general Júlio Botelho Moniz pretendeu a substituição de Oliveira Salazar e, depois, em 1968, face à incapacidade, então a sua substituição por Marcelo Caetano. Nos últimos anos da Ditadura assume a prossecução da política ultramarina e do esforço de guerra. É destituído do cargo com Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo de se refugiar com a família e alguns elementos da sua Casa Militar no Forte da Giribita, em Caxias. No dia seguinte segue para a Ilha da Madeira, partindo depois para o exílio no Rio de Janeiro. Em Maio de 1978 é-lhe permitido regressar a Portugal. O almirante Américo de Deus Tomás efectuou várias visitas à Madeira, passando pelo palácio de São Lourenço em 1962, 1963, 1964, 1968 e 1969, quando do seu regresso da visita aos Açores. Voltaria a estar em São Lourenço, por outros motivos, em 1974. Na fotografia são visíveis o presidente Tomás e D. Gertrudes nas cadeiras da Sala do Retratos, executadas para a visita régia de 1901.