Maternidade como "Iran" Bijagó.
Maternité, Guinea-Bissau, Bissagos Islands, Bidjogo. ID: 3045422
Madeira entalhada e patinada, 43,5 cm.
Escultor Bijagó, 1920 (c.), Guiné-Bissau.
Proveniente da coleção dos descendentes de Alberto Telles de Hutra Machado (1840-1924), Lisbon, Portugal (1920-50); Bernard de Grunne, Brussels, Belgium (2013).
Fotografia de 22 de janeiro de 2019.
Leilão Zemanek-Münster, 91th Tribal Art Auction, 9 de março de 2019, lote 93, vendida por 7.000 euros, Munique, Alemanha.

Wood, two-part (base separately worked), two glass bead necklaces, rest. The Bidjogo constitute a relatively small people living on the Bissagos Islands of present-day Guinea Bissau, numbering less than 10.000 in pre-colonial times. Their traditional sculpture ranges from highly abstract, minimal compositions to naturalistic representations, with the most highly prized examples being those which, like the present figure, combine these two aesthetics.
Objeto cultual, de que o mais antigo recolhido parece ser o da Museu da Sociedade de Geografia de Lisboa, de 1880 (c.), que contém energia sagrada e ao qual toda a aldeia presta homenagem. Aparece também referido como o “Remédio do Espírito”, que serve de intermediário entre os vivos e os seus antepassados. Os Irãs Grandes, chamados Irãs do Chão, são os mais poderosos da tabanca. Para além da forma humana, eles podem assumir outras formas. Em princípio, os Irãs Grandes devem estar na chamada «baloba dos defuntos», que é o santuário das mulheres; mas, devido aos frequentes roubos das representações, atualmente estes Irãs são colocados nas casas dos régulos, onde estão em maior segurança.