Máscaras We, mestre We ou Guere, 1970 (c.), Costa do Marfim
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Descrição
Máscaras We.
Madeira entalhada, pintada e patinada com aplicação de tecido, ráfia, cauris e crina animal.
Mestre We ou Guere, 1970 (c.).
Costa do Marfim.
Pub. por Alain-Michel Boyer, We, Visions of Africa, pp. 100-101, Milão, 5 Continents, dez. 2019, Itália.
O povo We ou Guere, por vezes também denominado Krahn, é um subgrupo do grande grupo Bété, tal como os Dan e os Guro, havendo, assim, influências culturais e estéticas reciprocas, vivendo, essencialmente, na Costa do Marfim, na antiga área de Man, mas com pequenos grupos já em território da Libéria. Os We, entretanto, estão ligados à realização de máscaras estranhamente agressivas, que começam geralmente como objectos simples, sem adornos, esculpidos por um artista masculino. A máscara então é transmitida através das gerações e cada utente adiciona novos adornos, crescendo em poder e significado ritual. As máscaras mantêm uma posição importante dentro da sua pequena comunidade, sendo propriedade dessas famílias e usadas na vida social. A máscara do povo We age como um mediador entre os membros da Comunidade e como uma ferramenta, para ensinar lições de moral durante os conflitos civis, ou entretenimento público. Estas máscaras, criadas para assustar, têm as mandíbulas escancaradas, o nariz alargado e olhos tubulares, retratando a natureza mais assustadora dos animais e dos homens, sendo, assim, vista como poderosa. O mascarado veste uma saia imensa em ráfia e é seguido quase sempre por um grupo alargado de participantes na cerimónia.