Mascara peitoral Ndimu Makonde ou Maconde, 1990 (c.), Norte de Moçambique ou Tanzânia.
Categorias
Descrição
Mascara peitoral Ndimu Makonde
Madeira leve entalhada patinada a vermelho com tatuagens incisas, 46 x 21 x 12 cm.
Finais do século XX, cerca de 1990.
Makonde, Norte de Moçambique ou Tanzânia.
Leilão em Madrid, maio de 2015, 200 euros.
Este tipo de máscara com que o bailarino sugere as dificuldades das primeiras relações sexuais era utilizado em danças mapiko por rapazes recém-iniciados ou por homens durante as mesmas cerimónias: O complexo do mapico ou mapiko é um conjunto de crenças e atividades de natureza ritual, visando principalmente o controle social. Lipiko a designação de máscara elmo e Mapico é o plural de lipico, nome por que é designada a dança e o complexo de cerimónias onde aparecem várias.
O mapico é a figura mais importante da cultura Makonde, símbolo vivo de um espírito humano, masculino ou feminino, utilizado pelos homens para dominarem pelo medo, mediante bailarinos mascarados, as mulheres e os jovens ainda não iniciados nos ritos de puberdade, não só contribuindo para integrar as crianças no grupo dos adultos, como para estabelecer o equilíbrio entre o grupo dos homens e o das mulheres, sendo o grupo Makonde patrilinear, ao contrário de muitos outros bantús, que são matrilineares. Entretanto, começaram a aparecer a partir dos anos 50 e 60 dançarinos atuando fora das festas de iniciação (licumbi), sendo normal a organização de festas aos fins-de-semana e outras, onde aparecem dançarinos mascarados.