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Arquipelago de Origem:
Planalto de Mueda
Data da Peça:
1950-00-00
Data de Publicação:
08/10/2025
Autor:
Escultor Makonde
Chegada ao Arquipélago:
2025-10-08
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Philippe Bourgoin
Autor da Imagem:
Philippe Bourgoin
Máscara elmo lipiko Makonde, trabalho de 1950 (c.), Planalto de Mueda, Moçambique.

Categorias
    Descrição
    Máscara elmo lipiko Makonde.
    Makonde Helmet mask "lipiko", Mozambique.
    Madeira entalhada e patinada, rebaixada para aplicação de cabelo natural, 27,5 cm.
    Escultor  Makonde, 1950 (c.), Planalto de Mueda, Moçambique.
    Pub. Philippe Bourgoin, Art Tribal, "Cheveux Chéris. Frivolités et Trophées", 25 de julho de 2018.

    Utilizada tradicionalmente em danças mapiko por rapazes recém-iniciados ou por homens durante as mesmas cerimónias. O complexo do mapico ou mapiko é um conjunto de crenças e atividades de natureza ritual, visando principalmente o controle social. O mapico é a figura mais importante da cultura Makonde, ou Wamakonde, que envolve uma população de cerca de 500 mil indivíduos, entre o Norte de Moçambique e o sul da Tanzânia, símbolo vivo de um espírito humano, masculino ou feminino, utilizado pelos homens para dominarem pelo medo, mediante bailarinos mascarados, as mulheres e os jovens ainda não iniciados nos ritos de puberdade, não só contribuindo para integrar as crianças no grupo dos adultos, como para estabelecer o equilíbrio entre o grupo dos homens e o das mulheres. Mapiko é o plural de lipiko, nome por que é designada a máscara elmo. As máscaras mais comuns apresentam o batoque labial superior, nndoma, utilizado pelas mulheres desta etnia, representando assim um ancestral feminino, mas também caricaturas de personagens várias, inclusivamente, europeus, sendo acompanhadas nas danças por cânticos alusivos às mesmas e num quadro geral de crítica social. Ao longo dos meados do século XX começaram a aparecer dançarinos atuando fora das festas de iniciação (licumbi), sendo normal a organização de festas aos fins de semana, onde aparecem dançarinos mascarados e, nesse quadro, contundentes críticas sociais.