Image
Arquipelago de Origem:
Congo, república democrática
Data da Peça:
1925-00-00
Data de Publicação:
04/05/2025
Autor:
Escultor Chokwe
Chegada ao Arquipélago:
2025-05-04
Proprietário da Peça:
Antiga coleção do Padres Brancos Belgas
Proprietário da Imagem:
Zemanek Münster 2013
Autor da Imagem:
Zemanek Münster 2013
Máscara "cihongo" Chokwe do leilão Zemanek-Münster de maio de 2013, trabalho de 1925 (c.), República Democrática do Congo.

Categorias
    Descrição
    Máscara cihongo Chokwe.
    Male mask "cihongo", D. R. Congo, Chokwe
    .
    Madeira entalhada e pintada, 25 cm.
    Escultor Chokwe, 1925 (c.), República Democrática do Congo
    Proveniente dos Padres Brancos ou White Fathers (Missionary Society), Belgium (1925); Jo de Buck, Brussels, Belgium
    Fotografia de 8 de maio de 2013.
    Leilão Zemanek-Münster, 73th Tribal Art Auction, 25 de maio de 2013, lote 370, vendida por 2.000 euros, Munique, Alemanha.

    Light-coloured wood, painted in red, black and white, characteristic for the “cihongo” mask type: mouth with jagged teeth and projecting beard, scarification marks missing, old collection label attached: “Race Batshok - Masque de Féticheur - von de Mr. Francois”, slightly dam., crack; the “cihongo” mask is regarded as a spirit of wealth and power. In former times the masks were exclusively worn by chiefs or their sons. They used to go on special “dance tours” for two or three months. The gathered donations - fabric, poultry, beads etc. were taken as tribute payment for the highest authority. Besides the “cihongo” masks were means of criminal justice and for practicing social control.
    A máscara Cihongo representa o ancestral masculino.
    Os Chokwe, beneficiando do comércio de marfim, borracha, cera e escravos africanos, emergiram ao longo do século XIX na savana da atual República Democrática do Congo e Angola tornando-se parceiros comerciais ativos com os comerciantes da Europa e do Novo Mundo. Como importantes governantes regionais, o seu prestígio e poder reflete-se na arte que encomendavam para as suas cortes, como as esculturas dos seus antepassados, as cadeiras em que se sentavam para receber os comerciantes europeus, ou as máscaras para os seus ritos de passagem, onde se definia a coesão social. O ancestral dos Chokwe é o herói cultural Chibinda Ilunga, lendário caçador, em princípio, Luba e que tendo casado com a rainha Lunda Lueji A'Nkonde (c. 1635- c. 1670), deram origem ao reino Chokwe, que se separa assim do velho reino Lunda. A sua história em Angola foi levantada pelo general Henrique Augusto Dias de Carvalho (1843-1909), Expedição portuguesa ao Muatian vua (1884-1888). Ethnographia e historia tradicional dos povos da Lunda, 1890, mas a divulgação da sua escultura ficou a dever-se, especialmente, à investigadora Marie-Louise Bastin (1918-2000), La Sculpture Tshokwe, Paris, Alain et Françoise Chaffin, 1982. Este trabalho nasceu da constituição do Museu do Dundo, a partir de 1936, na sede da então Companhia de Diamantes de Angola (Diamang), que convidou esta investigadora da Universidade Livre de Bruxelas e colaboradora do Musée Royal de l'Afrique Central, geralmente designado como Museu de Tervuren, a partir de 1961, a permanecer algum tempo naquele museu. Veio assim a nascer o reconhecimento internacional da Arte Chokwe como uma das mais refinadas escolas de escultura subsarianas e, quase em paralelo com a corte do Benim, atingindo as suas peças os mais altos preços nos mercados internacionais de arte.