Maria Ascensão do Grupo Folclórico da Camacha com o Almirante Américo Tomás, 1962 (?), ilha da Madeira
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Descrição
Maria Ascensão com o Almirante Américo Tomás.
Maria Ascensão (1926-2001), imagem do Grupo Folclórico da Camacha e o marido Abel Policarpo de Freitas (1923-2011).
O Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha foi fundado em março de 1948 com o objetivo de representar a Madeira e Portugal no Concurso Internacional de Danças de Madrid, em Espanha, evento em maio desse ano, em que foi agraciado com o 2º lugar na modalidade de Danças Mistas. O dia 1 de novembro foi a data escolhida para a celebração do seu aniversário. O seu primeiro diretor artístico foi Carlos Maria dos Santos (1893-1955), etnógrafo que realizou inúmeras recolhas sobre as músicas, danças, trajes e costumes de todo o arquipélago da Madeira contribuindo de forma muito relevante para a projeção deste Grupo dentro e fora do país. Graças ao grande número de homens e mulheres que passaram pelo Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha, a sua atividade permaneceu ininterrupta desde 1948, fazendo dele o mais antigo grupo de folclore na Região Autónoma da Madeira.
Fotografia de 1962 (?).
Funchal, ilha da Madeira.
Américo de Deus Rodrigues Thomaz (Lisboa, 19 Nov. 1894; Cascais, 19 Set. 1987). Ingressando na Escola Naval em 1914, logo após a entrada de Portugal na I Guerra Mundial, foi colocado na Escola de Torpedos, sendo mobilizado, pouco depois, para escoltar os comboios marítimos que se dirigiam ao norte de França e a Inglaterra e, em outubro de 1919, entra para os Serviços Hidrográficos do Ministério da Marinha. Em 1940, acumulando com a chefia do gabinete do Ministro da Marinha, preside a Junta Nacional da Marinha Mercante. Ministro da Marinha desde Set. 1944, Américo Tomás, fruto da sua enorme experiência em questões marítimas e piscatórias, promulga diplomas fundamentais para a renovação e expansão da Marinha Mercante. Em 1950, não tendo sido informado da profunda remodelação governamental, demonstra o seu desacordo para com as alterações propostas e coloca o seu lugar à disposição. Perante a sua decisão, o Presidente do Conselho recua e Américo Tomás aceita permanecer no cargo. Nessa sequência, seria o candidato do Estado Novo para defrontar o general Humberto Delgado nas eleições de 1958 e, alteradas as condições da eleição presidencial, seria sucessivamente reeleito em 1965 e 1972. Durante os cerca de 16 anos na Presidência da República, destacam-se dois momentos em que a sua intervenção é decisiva: a Abrilada de 1961, quando um grupo de oficiais liderado pelo general Júlio Botelho Moniz pretendeu a substituição de Oliveira Salazar e, depois, em 1968, face à incapacidade, então a sua substituição por Marcelo Caetano. Nos últimos anos da Ditadura assume a prossecução da política ultramarina e do esforço de guerra. É destituído do cargo com Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo de se refugiar com a família e alguns elementos da sua Casa Militar no Forte da Giribita, em Caxias. No dia seguinte segue para a Ilha da Madeira, partindo depois para o exílio no Rio de Janeiro. Em Maio de 1978 é-lhe permitido regressar a Portugal. O almirante Américo de Deus Tomás efetuou várias visitas à Madeira, passando pelo palácio de São Lourenço em 1962, 1963, 1964, 1968 e 1969, quando do seu regresso da visita aos Açores. Voltaria a estar em São Lourenço, por outros motivos, em 1974.
Algumas datas importantes na vida de Maria Ascensão (1926-2001), imagem do Grupo Folclórico da Camacha:
1949: Integra o Grupo de Folclore da Casa do Povo da Camacha.
1949: Foi entrevistada e fotografada pela revista Século Ilustrado (Lisboa).
1949: Participação no Grande Concurso Internacional de Danças de Madrid (2º lugar)
1950: Participação no documentário “Pérola do Atlântico” de Artur Agostinho e João Villaret.
1951: Atuação em Espanha (Biarritz, Saragoça, Madrid) e Portugal (Lisboa).
1951: Participação no documentário “Madeira Story”, realizado por Horace Zino.
1951: Referência num artigo na revista “Flama” sobre a importância do Grupo Folclórico da Camacha, na propaganda dos Costumes da Madeira.
1954: Participação na Festa da Primavera (Funchal).
1955: Participação no festival internacional do País de Gales (Inglaterra),
1956: Participação num evento etnográfico em Braga.
1962: Participação no Festival Internacional de Folclore realizado pela Estoril–Sol (Portugal).
1965: Atuação em Joanesburgo (África do Sul).
1971: Digressão Europeia.
1973: Digressão aos Estados Unidos da América.
1977: Digressão na África do Sul.
1978: Digressão na Venezuela,
1984: Integra a comissão de recuperação do ritual da Festa do Espírito Santo.
1985: Homenageada pela Secretaria de Turismo e Cultura.
1991: Homenageada pelo Presidente do Governo Regional da Madeira.
1995: Gravação do CD-Áudio a solo (Nº1 – Maria Ascensão Teixeira (Camacha) – Recolhas Xarabanda.