Marcas do paliteiro Visconde de Faria - Paris, versão farda preta de figura de movimento da fábrica de Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, 1900 e 1950 (c.), Caldas da Rainha, Portugal.
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Descrição
Marca do paliteiro Visconde de Faria - Paris.
(1823-1901)
Figura de movimento para paliteiro, faiança policromada e vidrada, 16 cm.
Versão farda preta da Fábrica de Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, original de 1900, edição de 1950 (c.)
Palácio do Correio Velho, Leilão Online 1582, Lisboa, 15 de janeiro de 2024, Antiguidades e Colecionismo, lote 222, avaliado entre 40 e 80 euros, vendido por 340 euros.
Parece ter havido também edição em 1950 de versão com brada branca
O Museu Rafael Bordallo Pinheiro (MRBP.CER.0364), em Lisboa, parece ter um exemplar da versão editada por 1900 com a farda em preto.
Caldas da Rainha, Portugal.
O título de visconde de Faria foi criado em 1888 a favor de Augusto de Faria (1823-1901), filho do também diplomata António Cândido de Faria (1784-1837), fidalgo da casa Real, comendador da Ordem de Cristo, cavaleiro de Malta e que desempenhou funções diplomáticas em Montevideu e Buenos Aires, onde contou com o apoio do Visconde da Ribeira Brava (1852-1918) e em Paris, onde foi comissário português na Exposição Universal de Paris, em 1900, delegado da Alliance Scientifique Universelle, também de Paris, etc. O título passou ao filho, 2.º visconde, António de Portugal de Faria (1868-1937), secretário do pai comissário português na Exposição Universal de Paris, também diplomata e que ficou depois mais conhecido pelo título de Marquês de Faria, que lhe foi concedido por breve de Leão XIII, de que se desconhece data, como camareiro secreto de Capa e Espada de Pio X, Bento XV e Pio XI. o 2.º Visconde foi ainda grã-cruz da Ordem do Santo Sepulcro e pertenceu a numerosas coletividades científicas, entre as quais o Instituto de Coimbra, Sociedade de Geografia de Lisboa, Associação dos Arqueólogos Portugueses, Conselho Heráldico de Portugal, entre outras, deixando vasta bibliografia na qual predominam estudos genealógicos e heráldicos.
Rafael Bordallo Pinheiro (Lisboa, 21 mar. 1846; idem, 23 jan. 1905). Filho do pintor Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880), secretário da Câmara dos Pares, não tardou a patentear a sua predileção pela caricatura, essencialmente, política, de que nos legou talvez o que de melhor que se fez no seu tempo, e mesmo na Europa, deixando quase uma dezena de periódicos por ele fundados e dirigidos. Nos últimos anos dedicou-se igualmente à cerâmica. Era irmão do pintor Columbano Bordalo Pinheiro (1827-1929) e pai de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920). Comemorando-se no passado ano de 2005 o centenário do seu falecimento, foi inúmera a bibliografia editada, entre a qual, e pela qualidade de imagem, referimos João Paulo Cotrim, Rafael Bordalo Pinheiro. Fotobiografia, parceria Assírio & Alvim, El Corte Inglês e Museu Rafael Bordalo Pinheiro, Câmara Municipal de Lisboa, 2005.