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Arquipelago de Origem:
Agua de Pena
Data da Peça:
1967-00-00
Data de Publicação:
05/06/2023
Autor:
Ayrton Cornelson
Chegada ao Arquipélago:
2023-06-05
Proprietário da Peça:
Não identificado
Proprietário da Imagem:
Cristina Perdigão
Autor da Imagem:
Cristina Perdigão
Maqueta do conjunto habitacional Flats 2 do complexo da Matur, em Agua de Pena, Ayrton Cornelson , 1967, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Maqueta do conjunto habitacional Flats 2 do complexo da Matur, em Água de Pena
    Gabinete do arquiteto do arq. Ayrton Cornelson (1922-2020), 1967.
    Pub. por Cristina Sofia Andrade Perdigão, O Turismo na Madeira: Dinâmicas e Ordenamento do Turismo em Territórios Insulares, tese elaborada para a obtenção do grau de Doutor em Urbanismo, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, novembro de 2017, fig. 248, p. 188.

    Com a abertura do aeroporto de Santa Catarina, inaugurado a 8 de julho de 1964, a empresária Fernanda Pires da Silva (27 ago. 1926-11 jan. 2020), presidente do Grupo Grão-Pará, iniciou os trabalhos para a montagem do complexo turístico da Matur, em Água de Pena (1972-1999), sendo a maqueta do novo hotel apresentada a 16 de jul. 1970. Entretanto era inaugurado o primeiro grande hotel construído de raiz na época, o Hilton Madeira, na Praia Formosa, a 19 set. 1971 e, a 20 nov. 1972, o Sheraton, no Funchal, onde se havia levantado o antigo Hotel Atlântico e o Atlantis Holiday Inn, junto ao aeroporto, como todos os hotéis dessa cadeia internacional. Para as inaugurações deslocava-se, mais uma vez, à Madeira, o chefe do estado, almirante Américo Thomaz (1894-1987), que ainda inauguraria o bairro social do Grémio dos Bordados, acima da quinta do Til, no Funchal.
    O complexo da Matur representava uma inovação no contexto da hotelaria insular, afastando-se do Funchal e instalando-se a algumas dezenas de quilómetros da cidade. Era filosofia da cadeia hoteleira Holiday Inn, com a qual o Grupo Grão Pará trabalhava, o procurar novos espaços e localizar-se nas imediações de aeroportos, permitindo uma rápida instalação dos utentes e, igualmente, uma rápida saída. O complexo possuía igualmente um outro aspeto mais ou menos inovador à época, que era a articulação com pequenos apartamentos de férias, independentes da unidade hoteleira-mãe. Encontrava-se dotado também de um amplo parque ajardinado, com instalações para congressos, club de bridge, restaurantes, piscina olímpica, etc. As alterações do mercado turístico nos anos seguintes colocaram em causa o projeto e a ampliação do aeroporto levou à necessidade de demolição do Atlantis, que com os seus 17 pisos levantava questões de segurança ao tráfico aéreo, o que veio a acontecer, por implosão, a 22 de março de 2000.