Manuel Tomás, gravura de Mateus, Ruão, 1649, ilha da Madeira
Categorias
Descrição
Emmanuel Thomas
(1585-1665)
Gravura a buril assinada Mateus fecit.
Apresenta a legenda: Emmanuel Thomas e, em cartela, Qui fuit est erit, effigies en única Thomae: Unicus ingenio, folus et ipse foto.
In Fénix Lusitânia, Ruão, 1649
Pub. Joaquim Oliveira Bragança (1925-2014), "Manuel Tomás, poeta místico vimaranense", in Atas do I Congresso Histórico de Guimarães e sua Colegiada, 850 Aniversário da Batalha de São Mamede (1128-1978), vol. IV Comunicações, Guimarães, 1981, pp. 109-116, .
Manuel Tomás (Guimarães, 10 abr.1585; Funchal, idem, 1665). Filho do médico Luís Gomes de Medeiros e de D. Gracia Vaz Barbosa, dado como cristão-novo e de um dos ramos da família Abravanel, tendo os irmãos se radicado, entretanto, em Amesterdão, aparece na Madeira em 1610 e, com a função de intérprete dos navios estrangeiros, em 1629, embora a propriedade do ofício fosse de Fernão Favila de Vasconcelos, filho de Mateus Favila, ao qual, em princípio, pagaria uma parte do seu ordenado. Veio a assistir mais de 50 anos no Funchal como importante mercador e morreu assassinado pelo filho de um ferrador do Funchal, no dia do seu aniversário, por razões que se desconhecem, quando contava 80 anos de idade, tendo sido sepultado no Convento de São Francisco. Escreveu Poema del Angelico Doutor S. Tomás, Lisboa, 1626; Insulana, dedicada a João Gonçalves da Câmara, 4.º conde de Vila Nova da Calheta, Anvers e Ruão, 1635; Rimas Sacras Dedicadas a Todos os Santos, ibidem; O Fénix da Lusitânia, ou Aclamação do Sereníssimo Rei de Portugal, João IV, poema heroico dirigido a Gaspar de Faria Severim, Ruão, 1649; União Sacramental oferecida a El-rei D. João IV do Nome e XVIII Entre os Reis Portugueses, idem, 1650; Tesouro de Virtudes, Antuérpia, 1661; e Décimas a Um Pecador Arrependido, sem local nem data de impressão, mas que deve datar de depois de O Fénix da Lusitânia, logo de 1649 para 1650, pois que no inventário da Livraria do Colégio, é dada como a sua 5.ª obra.
Padre Doutor Joaquim Oliveira Bragança (Guimarães, freguesia de Abação, 6 out. 1925-Idem, 24 maio 2014), filho de Domingos de Oliveira Bragança e de Albina Mendes Ferreira, foi ordenado sacerdote a 15 de outubro de 1949, prestou serviço em várias paróquias da área de Guimarães e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, rumou a Paris em 1958 para se especializar no Instituto Superior de Liturgia, da Faculdade de Teologia do Instituto Católico de Paris, prestando provas de doutoramento, em 1962, com o trabalho “La Vigile Pascale du Missel”, de Mateus, que veio a editar depois.