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Arquipelago de Origem:
Madeira
Data da Peça:
1535-00-00 00:00:00
Data de Publicação:
20180322
Autor:
Benedetto de Pádua
Chegada ao Arquipélago:
2004-01-04 00:00:00
Proprietário da Peça:
Rui Carita
Proprietário da Imagem:
Rui Carita
Autor da Imagem:
Rui Carita
Madeira, Bordone ou Benedetto de Pádua, Veneza, 1535

Categorias
  • Documentos
    • Gravura / litografia
    • Mapa Impresso
  • Personalidades
    • Pintores, gravadores e douradores
  • Pintura
    • Gravura
Descrição
Madeira.
Xilogravura do Isolário de Bordone, 30 x 21 cm.
Bordone ou Benedetto de Pádua (1460-1531), Veneza, 1535, Itália.
Biblioteca de Rui Carita, Funchal, ilha da Madeira.

A descrição da Madeira ficou na folha anterior, seguindo-se à gravura da Madeira a descrição das Canárias. O italiano representou as povoações da Madeira de forma alienatória. Trata-se da primeira representação impressa que se conhece da Madeira.
Entre os autores de Livros de Ilhas ou Isolarios figura com especial relevo o miniaturista, cartógrafo e astrólogo paduano Benedetto Bordone (1460-1531), autor do Libro (...) De Tutle L'Isola Del Mondo, que foi impresso em Veneza em 1528, por Nicolo d'Aristotile, dito Zoppino. O Isolario de Benedetto Bordone, como foi chamado no título da 2.ª edição, em 1534, segue em muitos aspetos a tradicional forma e estilo usados pelos seus predecessores italianos em tais obras. Excede bastante, no entanto, as obras de Buondelmonti e de Sonetti tanto no número de ilhas e correspondentes textos descritivos, como no âmbito geográfico. Enquanto os primeiros tiveram de se confinar ao Mediterrâneo, por razões óbvias, Bordone pretendeu representar «todas as ilhas do mundo», o que era uma tarefa impossível no seu tempo. Como anuncia no proémio do seu Isolario, Bordone propunha-se, perante o leitor europeu, não só proceder à correção das obras dos escritores antigos e modernos, mas revelar perante os leitores europeus as novidades que chegavam a uma Europa ávida de notícias, como testemunho vivido pelos navegadores dos descobrimentos.
O livro de Bordone resolveu fazê-lo de forma a conjugar as suas apresentações narrativas das ilhas com as correspondentes representações cartográficas, que deviam acompanhar os textos, tal como acontecia com os seus predecessores. Está dividido em três livros, dedicados, respetivamente, o primeiro às ilhas e penínsulas do Atlântico, o segundo às do Mediterrâneo e o terceiro ao oceano Índico e Extremo-Oriente. Mesmo assim Bordone comete uma série de incorreções, como no caso dos Açores, que chama Catherides Insulae, desenhando e atribuindo nomes a 6 ilhas do arquipélago: Fayal, S. Georgio, Gratiosa, Pico, isola Christi, como então se dominava a ilha Terceira, e S. Michele. Junta ainda mais 3 ilhas sem nome e outras 3 cujos nomes pertencem à toponímia tradicional: Zizara, Priore e S. Martino. Numa outra folha, perto de uma península que o autor chamou Terra de Lavoratore, o cartógrafo ainda acrescenta mais 3 ilhas: Asmaide, Brasil e Astores, provavelmente, Açores, mas conjunto que numa outra folha e em outra localização, volta a repetir. O mesmo se passa com as Ilhas Canárias, que também repete em folhas diferentes e com diferentes organizações, uma das quais quase as juntando-a com as Ilhas de Cabo Verde.