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Arquipelago de Origem:
Coimbra
Data da Peça:
0200-00-00
Data de Publicação:
02/12/2024
Autor:
Vários
Chegada ao Arquipélago:
2024-12-02
Proprietário da Peça:
Museu Monográfico de Conimbriga
Proprietário da Imagem:
Privado
Autor da Imagem:
Privado
Lucernas romanas de Conimbriga, 200 a 400 (c.), Museu Monográfico de Conimbriga, Portugal.

Categorias
    Descrição
    Lucernas romanas.
    Campanha de 200 a 400 (c.).
    Museu Monográfico de Conimbriga.
    Fotografia de 2015.
    Conimbriga, Coimbra, Portugal

    Conimbriga corresponde atualmente a uma área consagrada como monumento nacional, definida por decreto em 1910, tendo o Museu Monográfico de Conimbriga sido fundado em 1962 e tutela as Ruínas da Cidade Romana (abertas ao público desde 1930). A evidência arqueológica revela-nos que a cidade foi habitada, pelo menos, entre o séc. IX a.C. e Sécs. VII-VIII, da nossa era. Quando os Romanos chegaram, na segunda metade do séc. I a.C., Conimbriga era um povoado florescente e graças à paz estabelecida na Lusitânia, operou-se uma rápida romanização da população local e tornou-se uma próspera cidade. Seguindo a profunda crise política e administrativa do Império, a cidade sofreu as consequências das invasões bárbaras. Em 465 e em 468 os Suevos capturaram e saquearam parcialmente a cidade, levando a que, paulatinamente, esta fosse sendo abandonada.
    As lucernas são  lamparinas em cerâmica, com um orifício para se deitar o azeite, quase sempre decoradas no topo (ou no disco), com motivos muito diversificados, sendo de certa forma famosas as com cenas eróticas e de sexo explícito, embora algumas sejam contrafações recentes. Começando nos primeiros sécs. antes de Cristo por serem moldadas à mão, rapidamente e dada a necessidade de iluminação, passaram a ser produzidas em série e por molde, igualmente utilizadas para fins religiosos, encontrando-se em cemitérios e santuários para iluminarem a outra vida. Trata-se de um artefacto indispensável à vida quotidiana, bem adaptado à tradicional iluminação a azeite mediterrânea e, se no ambiente doméstico fazia recuar as sombras, também na morte iluminaria o caminho oculto da grande viagem, integrando, assim, deposições funerárias. De certa forma, podem-se considerar como dos modelos mais comuns e divulgados do vasto universo da cultura material romana desde as margens do Atlântico até ao Médio Oriente. Portugal poderá possuir um dos maiores conjuntos conhecidos e em exposição no Museu da Lucerna,  em Castro Verde, com exemplares da época romana (Século I-III d. C.), na ordem dos 10 mil exemplares recolhidos num santuário e depois cemitério local, museu que abriu no ano de 2004, acervo o que não deixa de ser interessante e intrigante para uma hoje pequena povoação como esta.